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Motoristas rejeitam nova proposta e confirmam greve em Apucarana

Paralisação começa às 4 horas da madrugada desta sexta-feira (10); TRT determina que 50% dos ônibus circulem na cidade

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 09.02.2023, 19:39:13 Editado em 09.02.2023, 23:28:44
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Motoristas e funcionários do transporte coletivo de Apucarana rejeitaram no final da tarde desta quinta-feira (9) a nova proposta da Viação Apucarana Ltda (VAL) e decidiram entrar em greve a partir das 4 horas desta sexta-feira (10). Foram 64 votos contra a proposta da empresa e a favor da paralisação contra 30 que aceitaram o reajuste proposto.

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A empresa ofereceu aumento de 6,9% no salário da categoria, que passaria de R$ 2.245 para R$ 2.400, além de reajuste de 42% no vale alimentação, que sairia dos R$ 95 para R$ 135, com reposição de mais R$ 70 a partir de dezembro, fixando o valor do vale em R$ 205.

A maioria dos motoristas e demais trabalhadores não aceitou os índices propostos durante assembleia geral extraordinária e decidiram manter a greve, que já havia sido aprovada em um primeiro momento em 30 de janeiro. Os ônibus continuaram, no entanto, circulando até esta quinta-feira (9) por conta das negociações.

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Por determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), pelo menos 50% da frota terá de rodar durante a greve nos horários de pico em Apucarana e 30% nos demais horários.

O presidente do Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários e Anexos de Apucarana (SINCVRAAP), Ronaldo Santana da Silva, disse ao TNOnline que a VAL sinalizou que fará uma nova proposta, no entanto, até as 19 horas não apresentou nenhum novo percentual de reajuste.

São 131 trabalhadores do transporte coletivo público do município, entre motoristas e pessoal administrativo. A votação da proposta começou às 5 horas e terminou às 17 horas desta quinta-feira.

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A categoria quer uma proposta melhor da empresa. Na primeira pedida, os trabalhadores reivindicavam 11% de reposição salarial e 153% de reajuste no vale alimentação, fixando os valores em R$ 2.491,00 e R$ 240, respetivamente. Atualmente, o salário da categoria é R$ 2.245,00 com R$ 95 de vale alimentação.

A proposta rejeitada nesta quinta-feira (9) é a segunda apresentada pela VAL. Na primeira, a empresa concessionária do transporte coletivo propôs um aumento de 6,01% nos salários e de 36,85% no vale alimentação, fixando a remuneração em R$ 2.381,45 e o vale alimentação em R$ 130. Uma nova proposta é esperada nesta sexta-feira (10).

Cerca de 15 mil pessoas utilizam o transporte coletivo por dia na cidade. Nesta sexta-feira (10), o novo preço da tarifa entra em vigor. O usuário vai pagar R$ 4.

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A Câmara aprovou um subsídio de R$ 0,70 na passagem, que será pago pela prefeitura, o que representará um ganho de R$ 4,70 por tarifa para a empresa, sem onerar o usuário, que pagará R$ 4.

Entre os usuários o clima é de apreensão. "Achei um absurdo, uma pouca vergonha. Moro no Dom Romeu, trabalho no Jaboti e tenho que atravessar a cidade toda. Meu filho também precisa estar 6h no mercado. Eles merecem, mas nós como ficamos?", disse a diarista Maria Cristina dos Santos, 50 anos.

Vitória Nogueira de Souza Santana, 21 anos, mora Jardim Milani e também reclama. "Todos os dias uso (o transporte coletivo) para ir ao trabalho. Fiquei sabendo agora, vou ter que ir a pé. Da outra greve ficou lotado os horários, então vou cogitar ir a pé, vou ter que sair umas 11h30 para chegar às 13h e pedir para o namorado buscar. Eu acho que eles merecem, mas acho que a melhor forma seria conversar até entrar em acordo, pois uma greve prejudica a população em geral", opina.

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