Moradores de Apucarana vão para o RS ajudar nos resgates

A catástrofe climática no Rio Grande do Sul já soma 90 mortos, 132 desaparecidos e 361 feridos até a manhã desta terça-feira (7), segundo a Defesa Civil. As operações de resgate mobilizam autoridades e civis, que se empenham para salvar a maior quantidade de pessoas possível. Na intenção de somar nessa força-tarefa, dois moradores de Apucarana (PR) estão indo para o estado.

O empresário Fernando Bento Ramalho, de 35 anos, e o advogado Guilherme Augusto Villagra, de 38, já estão na estrada e a previsão de chegada no RS é por volta das 14h desta terça. Os apucaranenses levam uma embarcação e também uma caminhonete off-road Pajero Dakar, para entrar em locais de difícil acesso.

- LEIA MAIS: Cinco corpos de uma família são encontrados abraçados no RS

A intenção da dupla é ajudar nos resgates na capital gaúcha. "O pessoal com as embarcações está se concentrando em Porto Alegre e se deslocando a dentro de barco", informou Ramalho em entrevista ao TNOnline. O empresário contou que a decisão de ir para o RS partiu dele. Nesta segunda, ele leu algumas notícias sobre a situação no estado e também viu um grupo de trilheiros do Mato Grosso do Sul pedindo com urgência mais embarcações.

"Eles pediam com urgência embarcações com motores acima de 50 hp, pois as embarcações que estão lá são pequenas para as fortes correntes de água. Isso me tocou. Ainda sou apaixonado por pesca esportiva off-road e tenho todos os equipamentos", detalhou o empresário. Conforme Fernando, após decidir ir para o RS, ele convidou o advogado Villagra, que não pensou duas vezes antes de aceitar a jornada ao lado do amigo.

Pai de duas meninas pequenas, o empresário revelou que uma das maiores motivações foi ouvir um áudio que circulou nas redes sociais em que é possível conhecer o relato de um homem que resgatou de três crianças em um barco. No entanto, durante a ação, ele ia pegar uma "boneca" que estava boiando na água e acabou descobrindo se tratar de um bebê.

"Não estou preparado para o que vou encontrar por lá, mas estou criando forças para ajudar no máximo que conseguir", afirmou Ramalho.

Ajuda da Marinha

Para auxiliar no resgate às vítimas ilhadas e no transporte de suprimentos pelas vias alagadas, além das embarcações já utilizadas pelos civis, a Marinha do Brasil informou que vai enviar o maior navio de guerra da América Latina para ajudar a população do Rio Grande do Sul.

Segundo a Marinha, o "Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) 'Atlântico'", o Capitânia da Esquadra brasileira, sairá da Base Naval do Rio de Janeiro nesta quarta-feira (8) com destino à cidade de Rio Grande, no litoral do RS. O navio levará oito embarcações de médio e pequeno porte e duas estações móveis para tratamento de água.