Após a derrota para a Croácia, o brasileiro teve que adiar o sonho do hexa na Copa do Mundo. Na edição do Catar, o título mundial ficará para os argentinos ou para os franceses, que duelam no próximo domingo (18), às 12h, no Estádio Lusail. Diante dessa final, muitos torcedores do Brasil, apesar da rivalidade história entre os países no futebol, irão torcer para os vizinhos da América do Sul.
Apucaranense, mas atualmente morando em Buenos Aires, capital da Argentina, Tatiana Navas conta que tem uma relação de amor e ódio com a seleção rival e vai torcer para os "hermanos" por conta de Lionel Messi. “Quero que eles ganhem porque acho que o Messi merece ganhar, mas é complicado porque todas as músicas que eles cantam falam mal do Brasil. Tenho uma relação de amor e ódio com a seleção argentina, mas vou torcer para eles”, disse a estudante de medicina.
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Tatiana ainda conta que os argentinos são mais fanáticos que os brasileiros quando o assunto é futebol. “O argentino é mais fanático que nós, e a torcida é muito organizada, independente para a seleção ou os clubes, eles são muito fanáticos, nem se comparam com os brasileiros. Eles acreditam muito na mufa, que é azar, e eles falam que tem que esperar jogar, nunca afirmam que vão ganhar antes do jogo”, explica.
Outro apucaranense torcedor da Argentina, mas esse desde o começo da Copa, o servidor público Márcio Cezar afirma que já sabia que os argentinos chegariam à etapa final. “Já se era de esperar, chegou nas semifinais as seleções que demonstraram mais vontade de representar seus países. A seleção argentina jogou com amor pela camisa, amor pelo país e com muito profissionalismo, por isso que merecidamente está na final”, conta Márcio, que não torce para a seleção brasileira desde 1998, ano em que o Brasil perdeu a final da Copa para a outra finalista desta edição, a França.
O apucaranense ainda brinca com a derrota na estreia dos argentinos no Catar, e o final melancólico dos brasileiros no mata-mata. “Pode ser que ganhe, pode ser que perca, mas se entregar jamais, é uma seleção que não depende só do Messi, que claro é o craque do time, mas joga com o coletivo, desde o goleiro até o atacante, todos têm raça. Como se diz, quem começou perdendo a Copa pode terminar sorrindo, e quem começou dançando acabou perdendo. Futebol hoje em dia não é diversão para os jogadores, tem que ser profissional, a diversão fica para a torcida, dentro de campo tem que ser profissional", disse.
Dono de uma banca de jornal há mais de 30 anos em Apucarana, o argentino Horácio Bouchet diz que acredita na vitória de seu país e não vê motivos para os brasileiros torcerem a favor dos europeus. “Por logica é que ganhemos, de qualquer maneira, uma coisa que temos que ter em conta, a Argentina joga mais com o coração do que outra coisa. Não se esqueça, que nós somos sul-americanos. O povo argentino e o povo brasileiro. Só temos rivalidade no futebol, temos que estar unidos, os europeus pensam que somos índios e não é assim, aqui tem muita gente boa”, comenta.
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