Moradores realizaram, na tarde deste sábado (24), uma manifestação cobrando uma data de entrega das chaves das casas do Residencial Vivert Apucarana, de iniciativa privada, localizado próximo ao Clube Água Azul, na Zona Norte do município. A execução do residencial é responsabilidade da Prestes Construtora e Incorporadora. O protesto contou com diversos moradores, exibindo cartazes e alguns até com narizes de palhaço. Assista o vídeo abaixo.
De acordo com o motorista Flávio Spolador, a manifestação foi realizada diante da demora do fim da obra, que foi prometida ser entregue no primeiro semestre deste ano. "Desde o começo estamos recebendo mentiras. Era para entregar em março, já estamos em setembro e até agora nada. Está tendo muitas coisas erradas, infiltrações, rachaduras, material de segunda linha. Eles não dão um parecer do dia que vai ser entregue essas casas", disse.
O manifestante ainda disse que a rede de esgoto do local impede que moradores do residencial possam ter muros e calçadas, além do prejuízo que todos vêm sofrendo em relação aos juros da obra. "A gente só quer o direito de pegarmos nossas casas. Tem muita gente querendo desistir, pois os juros de obra está sendo muito alto, tem os móveis, muita coisas, e isso acaba prejudicando as famílias. Tem uma rede de esgoto lá, que passa dentro do terreno das pessoas, eles não vão poder fazer nem calçada e nem muro, acho que isso é errado", relatou Flávio.
Além da data de entrega, o motorista também reclama das promessas de obras que não tiveram início dentro do residencial. "Falaram pra gente que iria ter 'mini shopping', farmácia, escola, creche, área de lazer, e até agora não tem um pilar levantado. A gente cobra tudo isso, porque estamos pagando isso, é um sonho que já virou pesadelo para todo mundo", conta o protestante.
Outra moradora, a costureira Joelma Araújo reclama dos juros que começaram a ser cobrados antes da entrega das casas. "Faz dois anos e meio que a gente vem pagando as prestações. Já veio duas prestações da Caixa, que prometeram que iriamos pagar apenas quando fossemos receber as chaves", disse. "Quando a gente veio para fechar o contrato, falaram que os juros de obras chegaria até 85% de prestação da Caixa, mas o juros está passando do valor da Caixa, daí fizeram toda a papelada e começaram a cobrar a terceira parcela, os juros de obra e não entregaram nada ainda", complementa o esposo Márcio Bezerra.
Confira como foi o protesto e a entrevista com o manifestante Flávio Spolador:
Após o protesto, a construtora, responsável pela obra, emitiu uma nota informando que as obras estão em processo de finalização. Para conferir a nota na íntegra, clique aqui.
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