O centro de radioterapia e de onco hematologia, do Hospital da Providência, de Apucarana, passa agora a ser de referência regional pelo Ministério da Saúde, que confirmou nesta semana a conclusão do processo de credenciamento, que vinha sendo politicamente articulado há vários anos.
Com o credenciamento, o centro, que vinha atendendo desde janeiro de 2021 exclusivamente com recursos do Estado, passa agora a receber também o aporte de recursos federais. A diretora geral do Hospital da Providência, irmã Geovana Aparecida Ramos, destaca que deste o início do funcionamento, já foram realizadas, de janeiro de 2021 até agora, mais de 12 mil sessões de radioterapia no centro. Além disso, o centro realiza uma média de 800 consultas mensais de oncologia.
“Nossa equipe até chorou de emoção, ao saber do credenciamento”, afirma a gestora do hospital, ao dimensionar a conquista.
“É uma conquista fundamental para todos e que coloca Apucarana no nível de Londrina e Maringá quando falamos em radioterapia”, explica
continua após publicidade- irmã Geovana Aparecida Ramos, diretora geral do Hospital da Providência
O centro atende atualmente pacientes também de Londrina, Maringá, de todo o Vale do Ivaí, e até de cidades do norte pioneiro. “Temos recebido diariamente gente de várias regionais de saúde”, reitera.
Irmã Geovana lembra que a luta pelo centro começou ainda na gestão do então prefeito Beto Preto. “ Ele nos procurou na época e pediu que fizéssemos um projeto porque estava articulando a doação de um equipamento de radioterapia para o hospital, através da Itaipu Binacional. “E desde então, colocamos o centro para funcionar e vínhamos lutando pelo credenciamento junto ao Ministério da Saúde, sempre com a ajuda do Beto Preto, que até esteve em Brasília conosco”.
Irmã Geovana lembra que os investimentos totais no Centro de Radioterapia e de Onco Hematologia do Hospital da Providência já somam aproximadamente R$ 11,5 milhões, entre equipamentos e obras. “Tudo isso é resultado de um projeto comunitário, com a prefeitura, com o estado, com as empresas, de Apucarana e de toda a região”, define.
Beto Preto, em visita à Tribuna nesta quinta-feira (28), lembrou da luta política para conseguir o centro de radioterapia, iniciado há mais de 4 anos. “Tínhamos quimioterapia, cirurgias, diagnostico e consultas na área de oncologia. Mas faltava a radioterapia e algumas subespecialidades. Agora, temos um novo avanço com o credenciamento. Todo o atendimento, que já era feito com o Estado, agora tem o reconhecimento federal. Estamos todos muito felizes por essa conquista, que é de toda a região”, afirma.
Beto lembra que Apucarana tem gestão plena da saúde e que o sistema está sempre em luta para ampliar os serviços e para avançar na qualidade do atendimento.
“E o Providência é a porta que está sempre aberta para atender as pessoas na hora da dor, na hora do tratamento hospitalar. Tenho profundo respeito pelo Providência e o esforço de todo mundo deve ser sempre para dar mais condições para que a estrutura do nosso Providência seja equivalente ao do Nossa Senhora das Graças, de Curitiba. Para atender mais e ainda melhor a gente de nossa cidade e região”, afirma
continua após publicidade- Beto Preto, ex-secretário de saúde do PR
O secretário municipal de Saúde, Emidio Bachiega, por sua vez, diz que há tempos a equipe de saúde da cidade vinha apreensiva, esperando o reconhecimento e o credenciamento. Segundo o secretário, o aporte de recursos federais para o centro, em Apucarana, já deve começar a ocorrer a partir de agosto, embora os valores específicos desse aporte ainda não estejam definidos. “Depende do Ministério da Saúde, para onde enviamos a série histórica da quantidade de atendimentos já prestados”, explica.
Atualmente, contabilizando todos os recursos de média e alta complexidade já credenciados, Apucarana recebe mensalmente R$ 4 milhões. “O tratamento de radioterapia é muito doloroso para os pacientes e familiares. O atendimento deles aqui, perto de suas famílias, é mais humanizado. E o tratamento de onco hematologia tem procedimentos muito caros. Há casos de tratamentos de um único paciente que podem custar até R$ 40 mil em um mês, por causa dos remédios utilizados”, exemplifica. O secretário destaca que só o equipamento de radioterapia conseguido para o centro, em Apucarana, custa mais de um milhão de dólares. “O equipamento que temos aqui, pelo SUS, nem Londrina e Maringá possuem”, afirma.
Por, Claudemir Hauptmann
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