Mil cento e cinquenta animais domésticos tutelados por famílias de baixa renda foram esterilizados gratuitamente ao longo deste ano por intermédio do Programa Mais Vida Animal. No mesmo período, a política pública de promoção do bem estar animal, que é coordenada pela Prefeitura de Apucarana através do Centro Municipal de Saúde Animal (Cemsa) da Autarquia Municipal de Saúde (AMS), também promoveu o repasse de 23,2 mil quilos de ração para protetores independentes de cães e gatos, além recolher nas ruas e franquear – através do próprio Cemsa e por meio de clínicas conveniadas – atendimento médico-veterinário de urgência e emergência a 1.180 animais vítimas de atropelamento, ferimentos ocasionados por bicheiras, ataque de ouriço, maus-tratos ou abandono.
Ao comentar os resultados da iniciativa, o prefeito Júnior da Femac lembrou que o programa teve início em abril de 2021 dentro de um dos momentos mais críticos da pandemia da Covid-19. “O advento da pandemia reforçou ainda mais a necessidade de ampliarmos as ações públicas de cuidado e bem estar animal e, após intenso planejamento, chegamos ao “Mais Vida Animal”. A partir de então, o nosso canil, que já era referência, passou a ser um centro especializado, proporcionando de forma gratuita um atendimento mais amplo na promoção da saúde animal, sobretudo no que tange o atendimento médico-veterinário a vítimas de atropelamento, violência ou abandono”, pontua o prefeito.
Morador do Núcleo Habitacional Papa João Paulo I, Renildo de Jesus, ficou sabendo do programa municipal através da psicóloga do CRAS. “Fui retirar uma cesta básica e fiquei sabendo do projeto de castração dos animais e foi uma bênção. Uma ajuda muito grande para a gente que não teria condições de pagar”, atestou o tutor da cadela Laila.
Já o protetor Jair Dinato, que cuida de 34 animais no quintal da sua casa, na Vila Martins, recebe mensalmente cerca de 60 quilos de ração. “Comecei cuidando de 2 cachorros há 4 anos e agora são 34. Só pude chegar a esse número de hoje graças ao auxílio desse programa da prefeitura. A ração que recebo do Programa Mais Vida Animal é essencial para realizar esse trabalho de atendimento a tantos animais”, afirma Dinato.“Esses animaizinhos dependem em tudo da gente e quando criam os filhotes vão para outros locais onde não se sabe se vão receber o mesmo carinho, se vão ser alimentados, então o melhor a fazer é castrar o quanto antes”
continua após publicidade- Renildo de Jesus, apucaranense
O diretor do Cemsa, médico-veterinário João Pedro Correa, salienta é considerada protetora independente a pessoa que detém a guarda de pelo menos 15 animais. “Em abril de 2021 eram 23 protetores de cães e gatos atendidos e hoje são 39”, informa Correa. O auxílio alimentar do município, relata, beneficia atualmente em torno de 1,2 mil animais mantidos por apucaranenses em lares temporários, enquanto aguardam adoção. “As cotas de ração fornecidas variam de acordo com a quantidade de animais. Quem tem o mínimo que é 15 animais leva todo mês 30 quilos de ração e quem tem 90, que é a maior quantidade que um protetor possui, recebe gratuitamente 135 quilos de ração”, exemplifica Correa. Segundo ele, neste ano 23,2 mil quilos foram entregues. “Desde o início do programa, em abril de 2021, o montante repassado é de 36 toneladas”, informa.
Quanto ao acesso ao programa de castração gratuita, o coordenador do Cemsa diz que a porta de entrada é o Centro de Referência da Assistência Social (CRAS). “Para ter direito ao benefício, além de estar inscrito no CadÚnico do Governo Federal, o tutor do animal deve fazer parte de núcleo familiar com renda mensal de até meio salário-mínimo por pessoa”, explica Correa. Pelo regulamento, o número de castração é limitado a dois animais a cada dois anos, por família.
O Cemsa também oferece tratamento médico veterinário a animais de rua, vítimas de abandono ou violência, através de clínicas particulares credenciadas. O canal de atendimento a denúncias é o número de WhatsApp 99626-3680. “De janeiro até o momento atendemos a 490 ocorrências”, finalizou o médico-veterinário João Pedro Correa, coordenador do Cemsa.
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