A onda de furtos ao comércio está mobilizando lojistas em Apucarana, no norte do Paraná. Sete empresários que atuam na Rua Doutor Oswaldo Cruz, na área central, decidiram contratar um serviço especializado de segurança após os estabelecimentos serem alvo da criminalidade. Além da empresa de monitoramento, os empresários também analisam a possibilidade de um reforço com a contratação de um vigilante noturno.
Karina Alves Rodrigues está entre os empresários que aderiram à medida. Ela tem uma loja de roupa infantil de onde foram furtados produtos no decorrer desta semana somando um prejuízo total de R$ 1,5 mil. Só neste ano foram quatro furtos registrados no local. O estabelecimento já possui sistema de monitoramento com câmera e alarme e, por meio das imagens, foi possível confirmar que os crimes foram praticados pela mesma pessoa.
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“Foi o mesmo homem que furtou as roupas da loja. Ele usou uma espécie de arame e vai ‘pescando’ as roupas e por conta disso o alarme não dispara. Só no outro dia que a gente ia ver o que aconteceu”, declara Karina.
Revoltada com a criminalidade, a empresária chegou a colocar alguns cartazes na vitrine de sua loja no último fim de semana, além de expor alguns arames utilizados no furto dos itens de seu estabelecimento.
A empresária diz que a sensação de insegurança é muito forte e o furto mudou a rotina da loja. “É uma sensação de raiva e insegurança. Já não estamos deixando peças soltas na vitrine, apenas no manequim, mas eles são ousados, em uma loja eles conseguiram tirar a peça do manequim. Enfim, estamos à mercê da bandidagem”, comenta.
De acordo com ela, a ação de bandidos tem desanimado muitos comerciantes que decidiram fechar as portas. As empresas que insistem em manter suas atividades no endereço decidiram se unir e contratar uma empresa especializada em segurança que vai monitorar e agir em caso de movimentação suspeita no local. Além disso, os comerciantes estudam contratar um vigia para cuidar dos estabelecimentos à noite.
FURTOS NA RENÊ CAMARGO
A empresária Vera Lucia Pereira tem uma loja há 34 anos em Apucarana. Há 12 anos a empresa funciona da Rua Renê Camargo de Azambuja, onde ocorreram dois furtos no período de duas semanas, o último na quinta-feira (11) que deu um prejuízo de aproximadamente R$ 500. “Os crimes desse tipo aumentaram muito na cidade. A gente está sem paz e eu só quero ter o direito de trabalhar em segurança”, diz.
No último sábado (13), Vera conta que a loja ao lado da sua foi arrombada. “Essa rua é muito escura, necessita ter uma iluminação melhor e ter mais policiamento da Polícia Militar e da Guarda Municipal”, solicita.
MONITORAMENTO NA RUA PONTA GROSSA
A Rua Ponta Grossa é outra via da área central onde estabelecimentos comerciais foram alvo de arrombamentos e furtos. A presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Apucarana (Sivana), Aída Assunção, informou que a governança da Rua Ponta Grossa participou de uma reunião sobre a adesão de um sistema completo monitoramento para reforçar a segurança e coibir a criminalidade. “A ideia é que esse projeto se estenda para todo o comércio”, assinala.
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