Frio é sinônimo de aumento nas vendas do comércio. Em Apucarana, o movimento cresceu 40%, em média, nas lojas especializadas em roupas e calçados desde o começo de abril, quando as temperaturas começaram a ficar mais amenas. Os comerciantes estão animados. Segundo eles, o crescimento reflete também a demanda reprimida dos consumidores por conta da pandemia de covid-19 nos dois últimos anos.
Com a massa de ar polar atuando sobre a região nesta semana, as lojas de roupas e calçados estão lotadas. “As vendas estão bombando. A loja está, graças a Deus, cheia de gente”, afirma Vilma da Silva Teixeira, gerente de um comércio especializado em vestuário no centro. “A procura cresceu entre 30% e 40%. Estamos percebendo essa reação do comércio desde o Dia das Mães e, nesses dias de frio intenso, o movimento aumentou muito”, avalia. Alguns itens, como toucas, luvas e cacharreis, já estão em falta e o estoque começou a ser renovado.
Reinaldo Silvério, gerente de outra loja do centro, também cita um aumento nas vendas em torno de 40%. “O movimento vem crescendo desde abril e o frio, por si só, já provoca um aumento na movimentação”, diz. A procura é grande por jaquetas, blusas, suéteres e pijamas, entre outros itens para se proteger do frio.
“As pessoas estão aproveitando para renovar o guarda-roupa depois da pandemia, quando muita gente não fez compras. O nosso estoque de maio está acabando e já estamos adquirindo uma nova coleção para junho”, comenta o gerente.
A presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Apucarana (Sivana), Aida Assunção, afirma que os empresários, de modo geral, estão muito animados com a retomada do comércio em 2022. Ela afirma que a tendência é de que esse movimento prossiga, já que 12 de junho é o Dia dos Namorados, outra data importante para o setor.
“Quando esfria, as vendas naturalmente aumentam, mas em 2022 há também uma demanda reprimida de dois anos de pandemia, quando as lojas ficaram fechadas por um bom tempo. As pessoas estão comprando agora mais roupas e sapatos, até porque antes não podiam sair de casa”, afirma.
Além das roupas, as lojas de cobertores e edredons também estão lotadas. “O comércio de rua sofreu muito na pandemia e 2022 promete uma recuperação importante para os lojistas”, completa.
Por Fernando Klein
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