Oito réus são julgados desde o início da manhã desta terça-feira (2) no Fórum Desembargador Clotário Portugal, em Apucarana, acusados de envolvimento em um homicídio em 2019. Segundo a denúncia do Ministério Público (MP), integrantes desse grupo teriam envolvimento com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Por isso, um forte aparato de segurança foi montado no local.
Pelo menos 25 policiais militares – 15 do 10º Batalhão de Polícia Militar (BPM) e 10 de fora – estão trabalhando no local. Nove advogados atuam na defesa dos réus. Um deles estava preso em Piraquara e dois em Londrina, enquanto os outros estavam detidos no minipresídio. O julgamento é considerado um dos maiores da história de Apucarana.
Leia mais: Homem é preso por receptação de cabos de telefonia em Apucarana
A Guarda Civil Municipal de Apucarana (GCM) também está com uma equipe em frente ao Fórum. O trânsito na Travessa João Gurgel de Macedo está interrompido. O júri é conduzido pelo juiz diretor do fórum da Comarca, Osvaldo Soares Neto. O Ministério Público está representado pelo promotor de justiça Fabrício Drumond Monteiro. Cinco testemunhas de acusação já foram ouvidas e no meio da tarde começou a fase de interrogatório dos réus. Por volta das 17 horas, começou a argumentação do MP. Não há previsão de quando o julgamento será finalizado.
O grupo é julgado pelo homicídio de João Sérgio de Lima, 34 anos, ocorrido em 28 de janeiro de 2019. A vítima foi executada com vários tiros. A perícia, na época, informou que teriam sido localizados projéteis de calibres 380 e 9mm.
O homem teria sido executado e arrastado para o matagal, nas margens da estrada Belvedere, na zona rural de Apucarana. A polícia militar foi acionada por um grupo de ciclistas passou pelo local e viu as marcas de sangue na estrada.
Os réus que estão sendo julgados foram presos em julho de 2019, numa operação da Polícia Civil que contou com mais de 50 policiais da cidade e região, inclusive com apoio do Grupamento de Operações Aéreas (GOA). Na operação, foram presas 10 pessoas, sendo sete homens e três mulheres. O delegado chefe da 17ª Subdivisão Policial de Apucarana, naquela ocasião, Gustavo Dante, explicou que todos os presos teriam envolvimento com tráfico de drogas e com a morte de João Sérgio, ocorrida em janeiro daquele ano.
Não há detalhes do grau de envolvimento dos réus no PCC. Segundo a PM, que é responsável pela segurança do júri, a ligação com a facção criminosa foi relatada por testemunhas e está na denúncia do MP.
Segundo informações do Ministério Público, os réus são Wilson Thiago Ferreira Gomes, 32 anos, conhecido como 'Dexter'; Elton Pereira, 35, o 'Terrível'; Thiago dos Santos Roberto, 23, o 'Guimé'; Rodrigo Anequini Klemp, 39, o 'Zico'; Claudio Sebastião, 34, o 'Tio'; Daiane Aparecida Miguel, 28; Veranice Anselmo, 34, a 'Branca', e Helen Cristina Moraes Gomes, 34.
Deixe seu comentário sobre: "Júri de réus ligados ao PCC tem esquema de segurança com 25 policiais"