Após quase sete meses, as perícias presenciais na agência do INSS de Apucarana foram retomadas nesta segunda (5). Por enquanto, a unidade será aberta exclusivamente para realização dos exames, que devem ser agendados pelo sistema de atendimento telefônico do órgão, que funciona pelo número 135. Os outros atendimentos presenciais continuam suspensos. Segundo a Tribuna apurou, os servidores da agência pertencem a grupos de risco do Covid-19.
Atualmente dois médicos peritos atuam na agência de Apucarana. O protocolo online de pedido de prorrogação através dos documentos continuará aberto. Segundo a advogada previdenciária Fernanda Manchini, de Apucarana, o processo de retorno atende a demanda de uma parte significativa da população. “Eu acredito que tem uma boa parte da população que não tem acesso à internet para protocolar os documentos necessários e pedir a renovação do benefício. E muitos nos procuravam para conseguir a perícia através da justiça ou para protocolar o pedido”, comenta.
O advogado Flávio Margarido, de Apucarana, destaca que a documentação exigida pelo INSS é bastante complexa. “O que acontece é que a documentação que exigem é complexa e o período para entregar a documentação é curto. Então as pessoas acabam recorrendo ao advogado. O nosso trabalho aumentou muito”, explica.
COMO FUNCIONA
A advogada Mayra Paes Landim Leciuk explica que se os segurados não conseguem cumprir requisitos exigidos pelo INSS, o benefício é indeferido. “O auxílio doença pode ser requerido através do INSS Digital ou do Meu INSS, apresentando o atestado médico devidamente preenchido com o período necessário para afastamento e CID. Desta forma, é realizada uma “perícia documental” antecipando o benefício no valor de um salário mínimo. O que acontece, é que algumas pessoas não estão apresentando o atestado com as informações necessárias no sistema, fazendo com que o benefício seja indeferido,” finaliza.
O apucaranense Egídio Rodrigues, de 54 anos, que trabalha no ramo da construção está entre os segurados com benefício indeferido. Para rever auxílio, ele contou com ajuda de um advogado. “Eu sofro com artrose e luxação no ombro. Eu estava recebendo, depois cortou logo que entrou a pandemia. Fiquei sem realizar a perícia e, através da justiça, consegui fazer o exame para receber novamente”, detalha.
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