O 11º Grupamento de Bombeiros (GB) de Apucarana, que atende 22 municípios, registrou 115 incêndios ambientais na região entre janeiro e abril. O volume de casos é 30% maior que no mesmo período do ano passado, quando aconteceram 89 incidentes. A estiagem prolongada é apontada como um dos principais motivos para o crescimento das queimadas em todo estado.
Na área do município de Apucarana, o número de incêndios, segundo informação dos bombeiros, não aumentou. Neste ano, foram registradas 54 queimadas em vegetação e, no ano passado, foram 76. No entanto, apesar das chamadas não terem aumentado, segundo a tenente Ana Paula Zanlorenzi, do Corpo de Bombeiros de Apucarana, a intensidade dos incêndios cresceu. “Nossa equipe chega a ficar de 2 a 3 três horas em cada atendimento por causa da baixa umidade do ar”, explica.
Em todo o ano de 2019, segundo Ana Paula, foram 604 incêndios ambientais registrados na região. A maior incidência foi em Apucarana, Faxinal, Jandaia, Mandaguari e Arapongas. “Sempre a maior incidência começa em julho e vai até setembro. Esse ano devem aumentar os casos de incêndios ambientais devido à baixa umidade do ar e como em Apucarana venta muito, isso ajuda a propagar o fogo”, ressalta.
Apesar de outros fatores influenciarem no crescimento das queimadas, a tenente afirma que a principal causa dos incêndios ambientais é humana. “Basicamente o que acontece é que as pessoas querem limpar alguns terrenos e acabam colocando fogo em folhas e restos de vegetação. Essa ação de vândalos é crime ambiental e deve ser denunciado para a Secretaria do Meio Ambiente”, reforça. Para quem quiser dar fim a restos de vegetação, Ana Paula diz que basta entrar em contato com a Secretaria do Meio Ambiente e solicitar ajuda. “Não se pode usar o incêndio com uma forma de limpar terrenos abandonados na cidade. Isso é crime, além desses incêndios acabarem interferindo na saúde das pessoas, principalmente pessoas que já tem problema respiratórios”, complementa.
PARANÁ
As ocorrências de incêndios ambientais no Paraná aumentaram em 33,14% no primeiro trimestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados do Corpo de Bombeiros mostram que em março deste ano (um mês de clima seco em todo o Estado) foram registrados 1.016 casos a mais que no mesmo mês de 2019, quando foram 574 ocorrências. Isso se deve, principalmente, porque neste ano a estiagem chegou cerca de cinco semanas antes do previsto. No geral, foram registrados 2.731 casos de janeiro a março deste ano contra 1.826 nos primeiros três meses de 2019.
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