A horta solidária implantada no Núcleo Habitacional Dom Romeu Alberti completou nesta semana um ano de atividades. Com uma área de 3.140 m², é a segunda maior do Município e está situada na Rua José Pelirassi, próximo a Igreja Imaculada Coração de Maria. Além da produção de alimentos e dos ganhos terapêuticos para os participantes, o projeto gera renda para as famílias, tem o viés social com a doação de parte da produção e agrega ainda a preservação ambiental.
O prefeito Junior da Femac lembra que a unidade do 'Dom Romeu' integra o Programa Municipal de Hortas Solidárias, desenvolvido pela Secretaria da Mulher e Assuntos da Família (Semaf). “As hortas solidárias estão presentes em mais de 30 bairros da cidade e todo esse trabalho rendeu para o Município o Prêmio Gestor Público do Paraná. Além do alimento saudável e da geração de renda, a iniciativa garante atividades de promoção da saúde e terapêuticas, inclusão e bem-estar social”, pontua Junior da Femac.
O prefeito Junior da Femac reitera que um dos diferenciais desta horta está nas atividades de preservação ambiental. “A nascente que existe no local – que contribui para a formação da Lagoa Tarumã/Ouro Fino – foi recuperada. O local, antes assoreado por entulho e lixo, agora serve de fonte de água para irrigação da horta solidária do bairro”, frisa Junior da Femac, salientando ainda que no entorno da nascente foram plantadas 150 mudas de árvores nativas, frutíferas e melíferas.
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De acordo com a secretária municipal da Mulher e Assuntos da Família, Denise Canesin, a horta do 'Dom Romeu' conta com a participação de 11 homens e 12 mulheres. “Ou seja, diretamente são beneficiadas 23 famílias, abrangendo cerca de 300 pessoas. No entanto, o projeto tem um alcance muito maior, pois os participantes além de levar o alimento para casa comercializam o excedente e ainda há o trabalho social com doações que são feitas”, assinala Denise.
A coordenadora do Programa de Hortas Solidárias, Maura Aparecida Fernandes de Oliveira, explica que as atividades são desenvolvidas de forma compartilhada, desde o plantio, a rega e demais manejos até a colheita que é realizada de forma coletiva. “Mensalmente são produzidas 1.500 mudas de alface, cebolinha, rúcula, chicória, beterraba, couve-flor, repolho, cenoura, rabanete, salsinha e almeirão”, cita Maura, acrescentando que os itens que são comercializados geram uma renda extra que varia entre R$ 200 e R$ 600 para cada participante.
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SUPERANDO PERDAS FAMILIARES
Ivone de Almeida Silva conta que a horta surgiu num momento dificil da sua vida e ajudou a superar perdas familiares. “Eu já estava bem depressiva pela perda do meu pai e depois veio o Covid que levou meu irmão. Quando fiquei sabendo através da Maura que iria ter uma horta perto de casa, isso me encheu de esperança. A horta só foi coisas boas em minha vida”, frisa Ivone, reiterando que leva alimentos para casa e os divide com sua mãe e sogra. “Consigo também vender alguma coisa. É o dinheirinho para o sorvete de um filho, do neto e para comprar uma carne no final de semana”, completa Ivone.
Pedra Vieira Cardoso Vitório também destaca as rodas de conversa, levadas até o local por profissionais da Unidade Básica de Saúde. “Estou na horta do Dom Romeu desde que ela começou. Cuido de dois canteiros para o consumo. É muito bom saber que fui eu quem plantou e que tudo é orgânico, sem veneno”, enfatiza.
Maria de Lourdes de Morais Luiz afirma que a horta acabou estabelecendo novos desafios. “Meu esposo sempre trabalhou e atualmente tem problema de coluna, o que acabou deixando ele meio depressivo. Primeiro, eu tinha a intenção de cultivar apenas para o consumo, mas quando a Maura perguntou se era para vender, eu me enchi de coragem e disse: sim. Meu marido me olhou meio que duvidando, mas isso hoje é uma realidade e ele me ajuda no cultivo”, relata Maria de Lourdes.
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