A fotógrafa de Apucarana Camila de Melo está, pela primeira vez, expondo seu trabalho multipremiado no Paraná. Suas fotos estão expostas até agosto, no Sesc Cadeião, em Londrina, em um evento denominado “Café com Q”, um projeto do SESC com participação de diferentes artistas locais, com incentivo financeiro para exposição de suas obras e um bate papo com a comunidade. A roda de conversa com a artista a respeito das obras expostas aconteceu na última quarta-feira, 21.
“Foi muito importante para mim, essa troca com o público, através do compartilhamento das vivências obtidas no projeto e no desenvolvimento da pesquisa, a luta pela reivindicação de direitos constante na pauta LGBTQIAP+ é diária e ver órgãos como o SESC Paraná apoiando essa luta nos traz muita esperança para prosseguir”, considerou a fotógrafa.
A entrada é gratuita e acontece juntamente com outras duas exposições: a de um livro sobre Umbanda na Terra do Café e um Sofá, obra de um Grafitteiro da região.
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Sobre a artista
Camila de Melo, Brasileira, fotógrafa multi premiada e com fotografias expostas em importantes galerias nacionais como a Studio Om.art no Rio de Janeiro e internacionalmente na prestigiada Royal Photographic Society em Londres, autora do fotolivro - memoir ‘Ectópica', ela reside no interior do Sul do Brasil, na cidade de Apucarana, compondo o escopo de uma das potentes emergentes vozes femininas e feministas conduzindo narrativas com uma abordagem íntima, e nas quais conferimos o ponteiro da conexão e o ativismo social enquanto retratos do cotidiano que contribuem e avançam na autonomia e liberdade do fotojornalismo brasileiro de representar as estórias negligenciadas do seu território, da sua história e estatísticas.
Com graduação e experiência trabalhando enquanto Assistente Social, na fotografia ela se direciona para o mesmo propósito de ser filtro e mediadora de estórias pessoais, muitas vezes trágicas e outras de superação, que lhe são confiadas. O compromisso de Camila enquanto documentarista e investigadora visual é preservar a dignidade dos fotografados e das identidades com as quais convive, interage e defende em formato de storytelling em vários campos visuais, ativando novos ecos, discursos e diálogos na consciência visual coletiva, avançando pautas de Justiça Social e Direitos Humanos.
Os ensaios de Camila, a dedicação e intimidade da mesma com seus fotografados pode ser sentida e traduzida em uma constante e incansável fotografia apoiada nos critérios éticos e morais do fotojornalismo, assim como a pesquisa com fim de documentação por meio de vídeos, entrevistas, áudios e trechos de diários e pautas escritas pela própria fotógrafa. A identidade visual da Camila recai em se reconhecer na compilação de histórias e perfis costurados sobre o tema com alcance social da identidade de gênero, desde a autoafirmação, os desafios com a marginalização e os tipos de violência que ainda perduram, especialmente contra as mulheres e nas pequenas cidades conservadoras do Brasil descentralizadas dos principais eixos de cobertura jornalística brasileira.
* Com informações alfaagencyphoto
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