De acordo com dados do 10º Batalhão de Polícia Militar (BPM), as prisões por embriaguez ao volante aumentaram 71,42% entre janeiro a maio deste ano em Apucarana, em comparação com o mesmo período de 2020.
36 motoristas que dirigiam sob efeito de álcool foram detidos em 2021, contra 21 no ano passado.
As ocorrências envolvendo condutores embriagados também cresceram 68%, passando de 22 para 37 no comparativo. Chama a atenção que os casos de embriaguez ao volante aumentaram, sobretudo em maio, mês marcado pelo agravamento da pandemia do coronavírus em Apucarana, com recorde de diagnósticos e mortes causadas pela doença.
Foram 12 ocorrências e 11 prisões de pessoas embriagadas em maio deste ano, contra 2 e 12 respectivamente no ano passado. Na última quarta-feira (2), a Guarda Civil Municipal (GCM) prendeu um motorista que estava embriagado e provocou um acidente, na Rua Tereza Santos, região do Residencial Solo Sagrado. A equipe flagrou o momento em que o motorista cruzou a preferencial e atingiu um VW Gol. Por sorte, ninguém ficou ferido. O motorista de 58 anos estava embriagado. Os agentes de Trânsito fizeram o teste do bafômetro, que apontou 1,33 mg de álcool por litro de ar expelido pelos pulmões.
De acordo com o superintendente de trânsito major Vilson Silva, a quantidade de álcool consumida pelo motorista era muito alta. “Ele estava em elevado grau de embriaguez e chegou a provocar um acidente de trânsito”, reitera Silva.
O superintendente percebeu um aumento nas denúncias deste tipo de infração durante a pandemia, o que pode ter influenciado o aumento no número de ocorrências registradas pela Polícia Militar (PM) e pela GCM.
“Recebemos muitas denúncias e também deflagramos muitas operações abordando estabelecimentos para o cumprimento de decretos”, assinala.
Silva suspeita que os casos de embriaguez ao volante também tenham relação com a conduta irresponsável que algumas pessoas vêm adotando durante a pandemia, participando de festas clandestinas, confraternizações e aglomeração em
estabelecimentos como bares e lanchonetes. “Infelizmente, tem pessoas que participam de festas escondidas em casas, chácaras e algumas pessoas acabam excedendo o limite e consumindo muito álcool. Também tem casos de lanchonetes e bares que fecham portas após determinado horário, mas permitem que os clientes fiquem dentro do estabelecimento consumindo bebida alcoólica”, comenta.
Embriaguez ao volante é infração gravíssima, que prevê abertura de processo administrativo para a suspensão da habilitação, além de pagamento de quase R$ 3 mil de multa.
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