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Fio de cobre atrai atenção da bandidagem em Apucarana

Matéria-prima para a fabricação de condutores elétricos está valorizada no mercado internacional

Da Redação

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Fio de cobre atrai atenção da bandidagem em Apucarana
Icone Camera Foto por Pixabay\ ilustração
Escrito por Da Redação
Publicado em 23.07.2021, 16:26:04 Editado em 23.07.2021, 17:09:12
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Os furtos de fios elétricos tornaram-se um desafio para a segurança pública de Apucarana e região por causa do grande número de casos. Somente nesta semana, bandidos levaram quase 500 metros de cabos em duas ocorrências registradas na quarta-feira. Um deles no Loteamento Belvedere, de onde foram furtados 400 metros de cabos da rede de energia, e o outro na Subestação da Sanepar, da Rua Deolindo Massambani, que teve 60 metros de fios furtados e dois disjuntores. Este foi o quarto crime do tipo em uma unidade da companhia de saneamento ocorrido no período de dez dias. O motivo da onda de furtos é a valorização do cobre, matéria-prima dos cabos, no mercado internacional.

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Levantamento da Sanepar aponta que, nos últimos 12 meses, foram registrados 37 crimes do tipo em subestações na região, sendo 26 (70%) somente em Apucarana. Se somados, os prejuízos causados por todos os arrombamentos ultrapassam milhões. O delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial (SDP) de Apucarana, Marcus Felipe da Rocha Rodrigues informou que todos os crimes registrados na área estão sendo investigados. “De fato, é um problema que está incomodando muito a polícia. A Polícia Civil e a Militar têm conhecimento dos casos e estamos orientando sobre as medidas que possam dificultar a ação desses bandidos. Estamos investigando com a finalidade de identificar e representar pela prisão dos envolvidos”, afirma.

Segundo o gerente geral da Sanepar na Região Nordeste do Paraná, Antônio Gil Gameiro, além de responsabilizar os autores dos arrombamentos, também é preciso identificar as pessoas que compram os materiais furtados, ou seja, os receptadores, para quebrar o ciclo criminoso. “A gente tenta uma parceria com a Receita Estadual porque o problema todo se concentra na receptação e precisamos que as pessoas que compram esses fios sejam responsabilizadas. Então essa parceria com a receita é para que faça autuação dos receptadores para inibir, não apenas pelo crime do furto, mas crime de receptação”, comenta.

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PREJUÍZOS À COMUNIDADE

Como o foco dos furtos são os cabos da rede elétrica e de equipamentos, o serviço de fornecimento de água e tratamento de esgoto acabam sendo afetados. Na subestação de Novo Itacolomi, arrombada há exatamente uma semana, foram arrancados 80 metros de cabos elétricos de cobre, além de terem sido danificados, componentes do quadro de comando elétrico. Como consequência, o município teve o abastecimento de água comprometido por dias.

Cobre está valorizado no mercado internacional

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Quem trabalha com serviços e produtos para instalações elétricas afirma que nunca antes ocorreu tantos crimes envolvendo furtos de fios em Apucarana e região. Isso porque o cobre, matéria-prima para a fabricação de condutores elétricos, está valorizado. E como é uma commoditie, o produto é cotado em dólar.

De acordo com o gerente de uma loja especializada em produtos do tipo, Valdemar Vieira Junior, os fios de alta tensão são os mais visados, porque contém maior quantidade de cobre na composição. O que os tornam mais valiosos aos olhos dos criminosos. O preço varia de acordo com a marca e custa, em média R$ 1,5 mil a R$ 2,5 mil a cada 100 metros. Os de baixa tensão, conhecidos como padrão residencial, custam em média R$ 1 mil a cada 100 metros.

“O que eles estão atrás é do cobre, que no mercado está muito caro. É um produto vendido em dólar. E o cobre tem demanda, com certeza alguém está comprando”, comenta.

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Muitos casos registrados na cidade chegam até o conhecimento do gerente, a maioria ocorre quando o imóvel ainda está em construção, o que torna a prática menos arriscada. Contudo, em Apucarana ocorreram casos em que estabelecimentos comerciais tiveram a fiação furtada como ocorreu em uma loja localizada na Avenida Minas Gerais, no mês passado.

Por, Cindy Santos - Jornalista do Grupo Tribuna do Norte

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