O Programa Feira Verde atendeu 25.533 famílias apucaranenses neste ano, chegando a 63 bairros beneficiados diretamente, além de alguns distritos. No período de janeiro até esta primeira semana de dezembro, foram realizadas 238 feiras e recolhidas 306.689 toneladas de materiais recicláveis. O balanço do programa foi apresentado nesta quinta-feira (7) ao prefeito de Apucarana, Junior da Femac, pelo secretário de agricultura, Gerson Canuto.
“O Feira Verde encerrou nesta semana suas atividades nos bairros e distritos. A volta da troca de cestas de hortifrutis por materiais recicláveis volta em janeiro, com cronograma e data ainda a serem definidos”, informa o secretário de agricultura. Ele destaca os bons resultados do programa, que virou referência no Paraná e vem sendo alvo de visitas e de pedidos de informações de gestores de outros municípios.
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Para o prefeito Junior da Femac, da mesma forma que Apucarana vem contribuindo para orientar outros gestores, o Município se inspirou também se inspirou no programa similar desenvolvido em Ponta Grossa. “As boas práticas podem e devem ser replicadas. O Feira Verde foi uma sugestão que nos foi apresentada pelo vereador Rodrigo Lievore, que conheceu e ficou entusiasmado com o programa criado em Ponta Grossa. Acolhemos a sugestão do vereador e implantamos o Feira Verde, que agora está consolidado com uma participação expressiva das famílias de todas as regiões da cidade”, comenta Junior da Femac.
Nos últimos meses, o programa recebeu a visita de comitivas de diversas regiões do Paraná. “Conselheiros estaduais e municipais de Segurança Alimentar e Nutricional também já vieram conhecer a estrutura e organização do programa. Diversos secretários, técnicos e até prefeitos também vieram conhecer o Feira Verde e buscaram informações para aderir a essa prática”, assinala o prefeito.
O secretário municipal de Meio Ambiente, Gentil Pereira, afirma que o programa contribui decisivamente para a educação ambiental. “As pessoas estão tendo uma preocupação maior em recolher e fazer a separação dos materiais recicláveis. Muitos destes materiais acabavam parando em fundos de vale e, a partir de agora, o programa contribui para aumentar a conscientização ambiental. Hoje também observamos que os bairros atendidos pelo programa estão mais limpos, pois os moradores recolhem os recicláveis para fazer a troca por alimentos”, salienta.
Pereira também diz que o programa contribui para aumentar a vida útil do aterro sanitário municipal., na região do contorno sul. “Os recicláveis coletados vão para a Cooperativa dos Catadores, a Cocap, e geram renda para dezenas de famílias. Anteriormente, grande parte destes recicláveis acabavam indo direto para o aterro sanitário, reduzindo seu tempo de vida útil”, avalia o secretário Gentil Pereira.
Antônio Nogueira, o “Tonhão”, gestor da Cocap, diz que aferiu duas realidades bem distintas antes e depois do programa. “Por obrigação contratual, o caminhão da Cocap percorria os bairros para pegar o reciclável e a quantidade recolhida era muito pequena. Agora, com o Feira Verde funcionando, o caminhão volta desses mesmos bairros lotado de recicláveis”, revela.
O secretário de Agricultura, Gerson Canuto, explica que neste ano, houve um aporte maior de recursos. “O valor disponibilizado pela prefeitura mais que dobrou em relação a 2022, chegando próximo de R$1 milhão em 2023. Agora estamos iniciando um planejamento para ampliar ainda mais as regiões atendidas. Lembrando que foram incluídos os distritos de Vila Reis e Pirapó, além do Jardim Curitiba”, cita Canuto.
Nilton Fornaciari, presidente da Cooperativa dos Cafeicultores do Pirapó (Coocapi), avalia que o Programa Feira Verde garantiu o aumento da produção e representou também um incentivo para fazer investimentos na produção de hortaliças nas propriedades. “O pequeno agricultor sabe que vai produzir e que terá a garantia de compra”, observa Fornaciari.
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