Familiares e amigos do vendedor autônomo Bruno Junior, de 33 anos, assassinado no último fim de semana em Apucarana (PR) pedem justiça pela morte do rapaz. Ele foi atingido com um tiro no rosto após ouvir disparos na casa vizinha e olhar por cima de muro.
Amigo da vítima, Juninho Fenato, publicou em suas redes sociais toda sua indignação e preocupação de o autor do assassinato sair impune. "O que mais queríamos era nosso amigo aqui conosco, mas se isso não temos o poder de fazer acontecer, o que nos sobra é lutar por justiça", escreveu no Facebook.
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A mesma publicação foi compartilhada pela irmã de Bruno, Adriellen Costa. "O assassino do Bruno está solto. Saindo impune de um crime covarde. Vamos lutar por justiça até o fim", diz um trecho do post.
"Só peço isso! Justiça pelo amor da minha vida e pelos sonhos que foram arrancados de nós! Justiça por meus sogros, minha cunhada, tios, tias e avó! Justiça pelos nossos amigos! Todos que conheceram o Bruno estão sofrendo pelo que ele nos tirou. Que esse assassino seja preso e pague pelo que fez. Justiça! É por isso que lutarei até o fim!", escreveu no Facebook Stella Manosso Demarchi, namorada de Bruno.
Bruno Junior foi morto com um tiro no rosto disparado por um vizinho do imóvel onde ele participava de uma confraternização na madrugada de domingo. O crime chocou os moradores do distrito do Pirapó.
Além da vítima e da namorada um casal de amigos também estava na casa, localizada na Rua João Batista Judai. Segundo a Polícia Civil, em determinado momento, o grupo ouviu disparos de arma de fogo vindos da casa vizinha. Bruno então subiu em um suporte para botijão de gás para tentar enxergar o que estava acontecendo por cima do muro, momento que levou um tiro no rosto. Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionadas, mas o disparo foi fatal e o rapaz morreu no local.
Segundo o delegado André Garcia, da 17ª Subdivisão Policial, não houve nenhum tipo de briga ou desavença antes dos disparos. O policial também ressalta que nem a vítima e nem o autor dos disparos têm passagens pela polícia. “Não se tratam de criminosos, os dois são trabalhadores. Consta que os moradores da casa onde a vítima foi assassinada já haviam registrado um boletim de ocorrência contra o autor dos disparos. Mas mesmo assim, não há histórico criminal”, informou o delegado. Bruno não residia no imóvel, mas era amigos dos proprietários da casa, que estavam viajando.
Na casa do autor dos disparos - que tem registro de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC) - a polícia apreendeu uma espingarda de pressão modificada para calibre 22 com luneta, uma escopeta calibre 12, munições calibre 380, 14 munições calibre 22 deflagradas, munições de calibre 12 deflagradas, carregadores de pistola calibre 380 municiados além de 11 estojos de pistola calibre 380 deflagrados. Todo armamento foi encaminhado para perícia.
Após fugir do local, o vizinho chegou a falar com a Polícia Militar (PM) por telefone e combinar um local para se entregar, entretanto, ele não compareceu e permanece foragido. “Estamos em diligências, Polícia Militar e Polícia Civil. Provavelmente o autor vai tentar fugir da situação de flagrante, mas a autoria já está cabalmente demonstrada”, afirmou Garcia.
O crime deixou a comunidade do distrito em choque. A vítima reside há muitos anos na localidade e o corpo foi velado no ginásio do distrito. “Ele era uma pessoa que tinha um senso de humor inabalável, fazia todos a sua volta dar muitas risadas. Um ser humano incrível e diferente. Deixa um vasto círculo de amizades lá”, disse Adriellen Costa, irmã de Bruno.
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