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Família de Apucarana se recupera da Covid-19

Foram 25 dias de luta contra a doença. Agora mãe, pai e filha comemoram a recuperação

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 10.07.2021, 10:21:38 Editado em 10.07.2021, 10:21:45
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Pai, mãe e filha, que vivem em Apucarana enfrentaram a Covid-19 e juntos superaram a doença. Lourdes Da Conceição Cruz precisou fazer três testes até confirmar que estava com a doença.

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Lourdes é Psicóloga, há pouco mais de um ano perdeu o primeiro paciente para a Covid, depois mais cinco pessoas que ela atendia também faleceram pela doença. "Lidar com essas perdas, com esses lutos, com os rompimentos que apesar de naturais, não conseguimos aceitar por não entendermos o processo devastador deste vírus. E a gente morre um pouquinho também, junto com a família, mesmo sendo terapeuta, meus sentimentos e minhas emoções foram colocados a prova nestes últimos meses. Passar pela Covid 19 e sobreviver, é acima de tudo assumir um papel social de alertar, prevenir, e se ressignificar diante das sequelas emocionais , físicas e fisiológicas que ficam. Compartilhar com vocês a nossa história de superação é também um grito de alerta as pessoas que ainda não se deram conta do quão devastador é o efeito desta pandemia para nossas vidas, nossos ciclos de amizade, nossas lares e família. Nós nos distanciamos emocionalmente, nos deparamos com uma barreira de resistência que nos limita, nos incapacita, nos tira o foco, a força, a vitalidade e muitas vezes a vontade de seguir", ressalta a profissional.

Lourdes contou que na família dela, algumas pessoas testaram positivo, que um tio após ficar vários dias entubado faleceu, que todos já estavam abalados quando ela começou a sentir alguns sintomas, no dia 18 de junho. "Minha mãe, que é idosa, trata de uma doença autoimune, a aplasia medular, necessita fazer transfusões sanguíneas com frequência. Acredito ter sido numa destas internações para o procedimento que contraí o vírus, mas nesse momento ainda não sabia que estava com Covid, pois o teste deu negativo", explica.

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Dois dias depois, ela acordou muito indisposta, com cansaço, fadiga, fraqueza, sono, dor de cabeça, coriza e tosse. No dia 22 de junho, fez outro teste, que também deu negativo para Covid e então pensou que estava com uma gripe. "A tosse aumentou demais, apesar dos chás e xaropes que eu havia tomado neste intervalo todo. No domingo 27 de junho, passei muito mal, não conseguia andar de tamanha fraqueza nas pernas, corremos no UPA, a médica pediu RX do pulmão e outro exame, que no caso, testou positivo. 13 dias depois dos sintomas, com 2 falsos negativos e todos os cuidados possíveis em relação aos protocolos de prevenção em relação aos contatos que tive no decorrer destes dias. O médico que me atendeu disse que apesar dos sintomas, já havia passado pelo período de transmissão e contágio, porém, neste mesmo dia, meus pais já apresentavam sinais de gripe também, foi a semana mais fria do ano em Apucarana, minha mãe com falta de ar, fraqueza, que também são sintomas do problema dela, mas corri com os dois fazer o exame e ambos positivaram", detalha.

Lourdes acredita que o SUS tem uma falha em relação ao tempo que leva entre a coleta do exame e o resultado. "É o mesmo tempo em que o vírus está em pleno desenvolvimento em nosso organismo e nós correndo o risco de estar disseminando ele por ai. Então a dica é essa, ao primeiro sinal de mal estar, coriza, tosse seca, garganta arranhando ou doendo, febre , dor de cabeça, cansaço e fraqueza, dores pelo corpo, enfim, conte o dia que começou e corra fazer o teste, de preferência o teste rápido, pois se diagnosticado no inicio o tratamento pode apresentar resultado favorável".

A mãe dela, Maria Aparecida de Araújo da Cruz de 65 anos, apresentou uma piora no quadro de saúde, e a família buscou um tratamento alternativo. "Apelamos para um tratamento da medicina alternativa, a Ozonioterapia, uma técnica que utiliza a aplicação de oxigênio e ozônio, por diversas vias de administração, como: intravenosa, retal, intra-articular, intramuscular entre outros. O tratamento também pode ser feito pela ingestão de água ozonizada e fomos orientados por pacientes que já haviam passado por esse procedimento, percebi que minha mãe graças a Deus melhorou muito" e nós também, destaca.

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Foram 25 dias que ela, a mãe e o pai Antônio Candido da cruz de 69 anos, enfrentaram bravamente a Covid-19. "Durante o processo de isolamento, o que nos manteve firmes e confiantes, foram as inúmeras formas de buscar mantermos nossas mentes ocupadas, minha mãe buscou fazer artesanatos, eu mantive ocupada com os meus atendimentos on-line, não deixei nenhum paciente na mão durante esse período, meu pai sempre tentando manter a calma, tocando violão ou sanfona. A família, os amigos e pacientes sempre enviando mensagens de apoio, sempre solícitos em relação as nossas necessidades básicas, como fazer compras, pagar contas, enfim. Posso dizer que passamos pela Covid-19 com algumas variáveis ,com algumas sequelas, mas conseguimos fortalecer muito nossa imunidade, nosso corpo e mente e nossa espiritualidade", relembra.

Lourdes e os pais estão recuperados. A apucaranense deixa um recado para as famílias. "Respeitem esse período de isolamento. Deixem as reuniões entre amigos, as festinhas e comemorações, os churrasquinhos de finais de semana, as viagens, deixem para depois. O agora exige de nós mais cuidado. Mais proteção. Mais respeito pela vida do outro. Usem as máscaras, lavem com maior frequência as mãos, evitem ficar indo a lugares onde muitas pessoas trafegam sem necessidade. Se poupem! A vida é agora eu sei, mas também é agora que vivemos uma pandemia, que pode e está nos tirando o direito de viver um amanhã com dignidade. Isso vai passar, mantenham a calma e vamos nos unir, vamos nos cuidar por nós e pelos outros", finaliza.


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