Duas escolas pertencentes a Rede Municipal de Ensino de Apucarana (PR) deixarão de funcionar em 2025. A informação foi confirmada ao TNOnline pela assessoria de comunicação da prefeitura, na manhã desta quinta-feira (23). As escolas que serão fechadas são a Escola Municipal Professor Durval Pinto e a Escola Municipal Gabriel de Lara.
A situação gera revolta nos pais e/ou responsáveis de alunos que estudam nas duas instituições. Eles revelaram à reportagem que não foram comunicados previamente sobre o fechamento das escolas e, agora, se encontram envoltos em incertezas acerca do futuro escolar dos filhos. Saiba mais abaixo.
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"A decisão foi da gestão do prefeito Junior da Femac e secretária Marli Fernandes", informa a Prefeitura. Conforme nota divulgada, a gestão anterior teria decidido pelo fechamento das instituições de ensino, mas deixou para a gestão do prefeito Rodolfo Mota (União Brasil) fazer o anúncio à população.
"Outras unidades de ensino foram ampliadas para abrigar os alunos da 'Durval Pinto' e 'Gabriel de Lara', mas não avisaram isso para os pais das crianças em 2024. Deixaram para a nova administração o ônus de fazer o anúncio", diz o comunicado.

Rodolfo Mota agendou uma coletiva de imprensa para a manhã desta quinta-feira (23), quando deverá dar mais detalhes sobre a decisão da administração passada e explicar os próximos trâmites. Conforme apurado pelo TNOnline, as escolas "Gabriel de Lara, na Vila Agari, e a "Durval Pinto", no centro da cidade, atendem juntas quase 400 estudantes.
Revolta: pais não foram informados
O fechamento das duas escolas municipais causa revolta na população. Entre os mais indignados com a decisão, estão os pais e/ou responsáveis pelos alunos. Eles não foram informados previamente e, como agravante, ficaram sabendo através da internet.
"Até hoje a escola não mandou nenhuma notícia. Nós pais só estamos sabendo por notícias da internet. Estamos totalmente perdidos", conta Andressa Rodrigues Brentan, mãe de um aluno da Escola Municipal Gabriel de Lara. "Isso é uma falta de respeito e consideração com a gente! Prestes a começar as aulas e ninguém entra em contato com os pais", frisou a mãe em conversa com o TNOnline.
Mãe de um menino de 10 anos, que neste ano irá para o 5º ano do Ensino Fundamental, ela explica que os pais sequer conseguem conversar com a direção da escola, pois o grupo no WhatsApp é fechado. "As mães da turma do meu filho que fizeram um grupo para podermos nos falar e uma ajudar a outra", revela a solução encontrada.
Andressa diz que todos os pais foram pegos despreparados, já que até mesmo haviam feito rematrícula dos filhos como usual. "Essa decisão em cima da hora assim... E agora, para onde vão as crianças? Como vamos correr atrás de transporte em cima da hora?", questiona. Ela leva o filho Matheus Brentan Rodrigues para a escola de carro e garante que a mudança irá gerar grande transtorno no dia a dia da família.
Outro apontamento da mãe é que o "Gabriel de Lara" era uma escola municipal onde as crianças estudavam meio período. "Eu escolhi essa escola exatamente por ser meio período e era uma escola muito boa", explica. "Essa mudança vai atrapalhar e muito... No último ano do meu filho na municipal e ele tem que mudar para uma escola de período integral, sendo que sempre estudou em período parcial.. Até se adaptar a isso", pondera a responsável, apreensiva sobre o aprendizado do filho.
No grupo do WhatsApp, as mães conversavam para organizar um protesto em frente a Prefeitura Municipal. Elas buscam respostas que garantam estabilidade para o futuro dos filhos. Em conversa com o TNOnline, elas informam que irão aguardar o posicionamento do prefeito, para só então tomarem decisão. "Vamos esperar para ver então o que ele [Rodolfo Mota] fala", finaliza Andressa.
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