A Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc) de Maringá realizou, nesta quarta-feira (15), a segunda fase da operação “Empresa Fantasma”. Um casal residente em Apucarana, suspeito de recrutar e abrir empresas com o objetivo de comercialização de notas fiscais para diversas finalidades ilícitas foi detido.
De acordo com a Denarc, o casal é investigado pelos crimes de tráfico de drogas e falsidade ideológica. Através das investigações apurou-se, que as encomendas eram postadas em transportadoras da cidade de Maringá, e, para ocultar o conteúdo da encomenda, no caso drogas, eram utilizadas notas fiscais de uma empresa de eletrônicos de Apucarana.
Ao investigar a empresa do casal de Apucarana, verificou-se que a mesma possuía registro na Junta Comercial do Paraná, todavia, não funcionava no local especificado contrato social. Além disso, a pessoa que constava como proprietária da empresa não tinha nenhuma relação com a mesma, somente teria fornecido seu nome para abertura fraudulenta da empresa. "Tendo a criação da empresa a única finalidade de emissão de notas fiscais, as quais eram utilizadas para as mais diversas finalidades criminosas", explica o delegado da Denarc, Leandro Roque Munin.
A polícia repassou que a empresa investigada emitiu mais de 6.000 notas fiscais, num período de pouco mais de 30 dias. "Na continuidade das investigações foi identificado um casal residente na cidade de Apucarana, os quais eram responsáveis por recrutarem “laranjas”, os quais eram indenizados para cederem seu nome para abertura de empresas falsas, criadas com o único propósito de emissão fraudulenta de notas fiscais. A operação de hoje teve como alvo o casal residente na cidade de Apucarana, os quais recrutavam e abriam e empresas com o objetivo de comercialização de notas fiscais para diversas finalidades ilícitas, dentre as quais: tráfico de drogas, contrabando, lavagem de dinheiro etc. Na casa do casal foram encontrados diversos documentos de pessoas, contratos sociais de empresas, diversos cartões de crédito e celulares. O casal é investigado pelos crimes de tráfico de drogas e falsidade ideológica", informou o delegado.
Ainda conforme o delegado Leandro, o casal foi ouvido e liberado. "Eles confessaram detalhes da organização criminosa, que cada pessoa que fornecia o nome, os 'laranjas' recebiam R$500 cada. Agora temos um vasto material para a analisar e podemos pedir a prisão deles a qualquer momento", finaliza.
A primeira fase da operação aconteceu em Maringá, em maio
A operação é decorrência da operação “Encomenda Suspeita”, deflagrada no mês de maio do corrente ano, onde, numa ação conjunta entre o Denarc de Maringá e Receita Federal foi descoberto um esquema de remessa de drogas de Maringá para outros estados do Brasil.
Através das investigações da primeira operação, foi preso preventivamente um homem que seria o responsável por fazer as remessas de drogas a partir de Maringá.
Através das investigações apurou-se, que as encomendas eram postadas em transportadoras da cidade de Maringá, e, para ocultar o conteúdo da encomenda, no caso drogas, eram utilizadas notas fiscais de uma empresa de eletrônicos e Apucarana.
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