A motivação do crime descoberto neste sábado, 24, com o aparecimento do cadáver de Aparecido Targino da Silva, de 56 anos, em um poço, pode ter sido a violência doméstica cometida por ele contra a companheira. A informação foi revelada neste domingo, 25, pelo delegado chefe da 17ª Subdivisão Policial (SDP) de Apucarana Marcus Felipe da Rocha Rodrigues, em entrevista ao TNOnline. (Assista no vídeo abaixo)
Os dois enteados, de 25 e 22 anos, de Aparecido foram presos na tarde deste domingo, 25, suspeitos pelo assassinato do homem. Foi a própria mãe deles quem denunciou o crime, como revela o delegado.
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"Ela veio nesta tarde até a delegacia e informou que os filhos dela teriam matado o Targino. Ela contou que o casal já estava separado e que na última terça-feira, o ex companheiro a teria procurado no sítio onde ela estava vivendo com os dois filhos. Targino estaria embriagado, a xingou e também teria dado um empurrão nela. Neste momento, os filhos interviram na situação e pediram para que a mãe saísse do local. Ela obedeceu e horas depois, quando retornou, os filhos disseram que todos deveriam deixar a casa. Ela e os filhos foram para uma mata próxima ao local e chegando lá, eles teriam contado para a mãe sobre o assassinato. Quando ela ameaçou denunciar, os filhos a ameaçaram e a mantiveram em cárcere privado durante 4 dias", revelou o delegado.
Ainda segundo o depoimento da mulher, neste domingo ela conseguiu fugir dos filhos e pedir ajuda para um vizinho, que a levou até a delegacia para fazer a denúncia.
"De posse das informações da localização dos suspeitos, nossa equipe foi até lá, realizamos buscas e conseguimos prender os dois rapazes que estavam escondidos na mata. Eles imediatamente assumiram o crime e foram trazidos para a delegacia, onde devem prestar depoimento", informou Rodrigues.
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Segundo a polícia, uma faca que pode ter sido utilizada no crime foi encontrada com a dupla presa. Uma arma de fogo também foi apreendida na casa e deverá ser periciada. O corpo de Aparecido Targino da Silva foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Apucarana para passar por exames de necropsia, que devem informar a causa da morte dele e se algum tipo de arma foi utilizada pela dupla que confessou o crime.
Assista a entrevista completa:
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