Desde o começo da pandemia do novo coronavírus, em março, milhares de alunos e professores tiveram que se adaptar a uma nova realidade, a virtual. Porém, para estudantes de cursos técnicos em que as aulas práticas são parte importante do processo de aprendizagem a plataforma online é insuficiente e várias atividades terão que ser remanejadas.
Em Apucarana, alunos dos cursos de agropecuária do Colégio Agrícola Manoel Ribas, que deveriam estar realizando aulas práticas vão ter que esperar até que as atividades presenciais voltem. “As atividades práticas só vão acontecer no retorno das aulas presenciais, temos uma carga horária para cumprir, e vamos, mas somente quando voltar para a sala de aula,” disse a diretora Rosiney Pimenta.
Conforme a diretora, todos os estudantes estão participando das aulas online e recebem diariamente vídeos de demonstração de como seriam as atividades práticas. “Em alguns cursos, existe a opção de pedir para o aluno fazer a aula prática em casa e mandar um vídeo para o professor comprovando, mas a nossa escola não optou por isso por questões de segurança. Os alunos recebem os vídeos de demonstração, aprendem o conteúdo, mas o aluno só vai ter a aula prática mesmo quando tudo retornar”, detalha.
Ela ressaltou que todos os alunos que estão no segundo ano, deveriam já estar realizando estágios. “No segundo ano dividimos o estágio, primeiro é sobre agricultura depois pecuária, mas tudo será colocado em prática após a pandemia”, conclui a diretora.
Outra instituição de Apucarana que oferta cursos técnicos é o Colégio Estadual Professor Izidoro Luiz Cerávolo. Esse ano, aproximadamente 170 alunos do curso técnico em enfermagem e estética vivem a mesma realidade.
Conforme o Núcleo Regional de Educação, todos recebem o conteúdo online e as aulas práticas voltam somente com o retorno presencial. Existe uma expectativa que os cursos técnicos da área da saúde devem começar antes que os outros, mas também ainda não existe uma data definida para que isso ocorra.
Deixe seu comentário sobre: "Cursos técnicos são mais afetados pela pandemia"