A desoneração dos impostos federais sobre a gasolina e o etanol acaba na próxima terça-feira (28). Caso a medida não for prorrogada, o litro da gasolina deve subir no mínimo R$ 0,69 e o do álcool R$ 0,24, segundo estimativas da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Nos postos de combustíveis de Apucarana, o clima é de apreensão entre consumidores e também representantes das revendas.
A desoneração do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) foi determinada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo semestre do ano passado, durante a campanha eleitoral. Após a posse, o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prorrogou a medida até o final de fevereiro. Nesta sexta-feira (24), ele tem reunião marcada com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, para avaliar alternativas. O Ministério da Fazenda, no entanto, defende a volta dos impostos nos combustíveis por conta da queda da arrecadação.
Gerente de um posto de combustível de Apucarana, Geraldo Augusto Pereira afirma que todos estão aguardando um posicionamento oficial do governo federal. “Caso não houver a prorrogação, a gasolina deve subir entre R$ 0,70 e R$ 1”, afirma, com base nas informações que recebeu das distribuidoras.
Em Apucarana, segundo o aplicativo Menor Preço, do governo estadual, a gasolina é vendida na tarde desta sexta-feira (24) entre R$ 5,10 e R$ 5,28, enquanto o etanol entre R$ 4,10 a R$ 4,42 e o diesel S10 entre R$ 6,07 a R$ 6,75. O etanol e a gasolina sofreram na semana passada um reajuste médio de R$ 0,30 na comparação com os preços praticados entre dezembro e janeiro.
Com a volta dos impostos federais, a gasolina pode chegar próximo de R$ 6 e o etanol na casa dos R$ 5. “As distribuidoras já repassaram hoje (sexta-feira) a gasolina R$ 0,20 mais cara o litro. Os postos estão segurando os preços para ver o que vai acontecer na semana que vem”, acrescenta o gerente apucaranense.
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