A colheita de café deve movimentar mais de R$ 654 milhões neste ano na região. Estimativa do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado (Seab) é que a produção atinja 3,8 mil toneladas na regional da Seab de Apucarana que abrange 13 municípios da região. Em abril, o preço médio recebido pelo produtor fechou em R$ 1.033 por saca de 60 quilos e segundo cafeicultores, a projeção é que o valor do produto continue em alta no mercado.
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No ano passado, o preço médio recebido pelo produtor fechou em R$ 846, valor que subiu 22% neste ano. Entre os fatores que impulsionaram a alta no custo do produto no Brasil está a seca enfrentada pelo Vietnã, segundo maior produtor e exportador do fruto no mundo.
“A demanda pelo produto no mercado mundial cresceu na faixa de 2% e o Brasil é o maior exportador do mundo. A alta do dólar é outo fator que contribui com a valorização, além da seca no Vietnã que afetou a produção e fizeram os países consumidores buscarem em outros lugares para comprar café”, explica o economista Paulo Sérgio Franzini, do Deral.
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Mas embora os preços tenham aumentado, a área de cultivo está um pouco menor neste ano com 1.900 hectares, em comparação ao ano passado que teve 2 mil hectares. “Os produtores estão tentando renovar as áreas de café que não apresentam potencial de produção satisfatório, substituindo por novas”, explica.
COLHEITA
Cafeicultores da região de Apucarana já iniciaram a colheita do café na semana passada e devem intensificar os trabalhos nos próximos dias. Na propriedade do produtor José Schiarolli, no Distrito do Pirapó, o trabalho é feito com ajuda de uma colheitadeira. O equipamento pertence à Cooperativa dos Cafeicultores do Pirapó (Coocapi) e é alugada pelos 310 cooperados, por um valor diferenciado, e também para não cooperados.
A máquina tem capacidade para colher 500 sacas de 60 litros por dia e substitui o trabalho de 35 funcionários, aproximadamente. Segundo o cafeicultor Carlos Bovo, presidente da Associação dos Cafeicultores de Apucarana, o uso da máquina é essencial para produção de cafés especiais. “Além de ser mais ágil, o equipamento também evita o contato do fruto com o solo, impedindo que a bebida tenha sabor de terra”, assinala.
Apucarana entre os maiores produtores do PR
A safra paranaense de café em 2024 está projetada entre 700 e 750 mil sacas, volume que representa uma estabilidade na comparação ao produzido na safra anterior. As informações são do Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 10 a 16 de maio. Em 2023 o Paraná produziu 722 mil sacas beneficiadas, volume 48,2% superior à colheita de 2022, que foi severamente castigada pelas adversidades climáticas registradas no ciclo anterior, como geadas e seca.
A área cultivada soma 26.180 hectares, há registros de produção de café em 172 municípios. Os cinco principais produtores são Carlópolis, Pinhalão, Ibaiti, Tomazina, no Norte Pioneiro, e Apucarana, no Vale do Ivaí, que juntos responderam com 48,5% do volume paranaense.
Em Apucarana, uma série de incentivos vem garantindo o aumento na produção de café. Nos últimos anos, a Prefeitura inclui a cafeicultura em uma linha especial do programa Terra Forte e fornece mudas a preços subsidiados aos produtores de café, além de ofertar maquinários e assistência técnica gratuita. O objetivo é recompor cafezais e tornar a atividade mais competitiva.
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