Ailson Gabriel, Diogo Conrado, Devanir da Silva, Wesley Henrique de Farias e Edilson José que trabalhavam na empresa Costa Oeste, que presta serviço terceirizado de coleta de lixo para a prefeitura de Apucarana, foram demitidos na última quarta-feira (3).
Conforme os apucaranenses, dos cinco trabalhadores, quatro foram dispensados por justa causa. "A minha demissão não foi por justa causa, foi quebra de contrato, eles me mandaram embora antes de finalizar o contrato de três meses de trabalho, mas os meus companheiros foram mandados embora por justa causa, saíram com uma mão na frente e outra atrás, só receberam o salário equivalente ao mês. Fomos demitidos logo após a nossa paralisação, acreditamos que é uma represália por causa do nosso protesto", explica Ailson.
Os trabalhadores foram até a prefeitura e também na Câmara de Vereadores e pedem por apoio por parte da administração. "Estamos aqui e pedimos por apoio, eu trabalhava a pouco tempo na empresa, mas tem companheiro meu, que trabalhava há seis anos, estamos indignamos com essa situação, com a falta de humanidade por parte da empresa. Estamos aqui na câmara, vamos tentar falar com o prefeito, estamos tentando correr atrás dos nossos direitos", finaliza Ailson.
A empresa Costa Oeste ainda não se manifestou sobre o assunto, mas ficou de enviar uma nota à imprensa ainda nesta sexta.
A PARALISAÇÃO:
Na manhã de segunda-feira (1), colaboradores da Costa Oeste, paralisaram as atividades. Os trabalhadores informaram que a empresa retirou um benefício.
"Nós tínhamos um prêmio e mais um vale alimentação que no total dava a mais R$900 em nosso salário e eles retiraram R$450 desse valor, como vamos trabalhar o mesmo tanto e ganhar menos. Queremos nosso cartão alimentação", disse Ailson Gabriel Barbosa Tavares, de 25 anos, coletor da empresa há quatro anos.
Procurada, a empresa não falou sobre o assunto. A expectativa dos trabalhadores é de um acordo ainda nesta segunda. "Nós somos pai de família, queremos trabalhar, mas não podemos perder nossos direitos. Não queremos entrar em grave, imagina a situação, lixo por toda cidade, estamos realizando um ato para conseguir nossos direitos de volta", comenta Ailson.
Joana Paula de Souza, diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana, Siemaco, acompanha a paralisação e disse que espera uma posição da empresa.
"São dois vales alimentação, um que era uma premiação que conseguimos através de um acordo em 2016, desde então a empresa estava cumprido esse acordo, ai da noite para o dia deixaram de pagar? O corte já foi feito em outubro e desde o dia 15 estamos tentando negociar, precisamos aguardar a resposta da empresa, que pediu para protocolar um oficio na prefeitura. Os trabalhadores vão continuar paralisados até que se resolva", explica Joana.
Ainda na segunda, após uma reunião com representantes do Sindicado dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana, Siemaco, do setor de licitação municipal e da Costa Oeste, a coleta foi retomada na cidade.
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