Por 6 votos a 3, a Câmara de Apucarana (PR) acatou na sessão ordinária desta segunda-feira (28) denúncia e instaurou Comissão Processante (CP) para investigar o vereador Franciley Preto Godoi, o Poim (PSD). É a segunda Comissão Processante aprovada no Legislativo de Apucarana apenas neste mês. A outra tem como alvo o vereador Toninho Garcia (PSD).
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A denúncia contra Poim foi apresentada pelo advogado Douglas Luiz Santos e lida no plenário nesta segunda-feira. O advogado protocolou pedido de cassação e de afastamento do vereador por supostas infrações político-administrativas e quebra de decoro parlamentar quando Poim presidiu a Câmara, no biênio 2021-2022.
Na acusação, Douglas Luiz Santos aponta casos de suposta perseguição a servidores da casa, de situações de homofobia e de assédio moral, além de suposto desrespeito a órgãos de controle interno e suposta advocacia administrativa em benefício próprio.
Após acatar a denúncia, os vereadores rejeitaram, por unanimidade, o pedido de afastamento de 60 dias também solicitado pelo denunciante.
Na sequência, três vereadores foram escolhidos para integrar a CP: Tiago Cordeiro de Lima (MDB), Moisés Tavares (Cidadania) e Rodrigo Liévori, o Recife (União Brasil). Eles terão agora cinco dias para iniciar os trabalhos e 90 dias para apresentar o relatório, sugerindo ou não a cassação ou outra punição, com advertência. Caso o pedido seja de cassação, a votação será feita no plenário, com necessidade e de dois terços dos votos.
SEGUNDA COMISSÃO PROCESSANTE
É a segunda CP aprovada na Câmara de Apucarana. O vereador Toninho Garcia também é alvo de investigação após afirmar, em plenário, que os "nordestinos não gostam muito de trabalhar". A declaração gerou repercussão nacional. Poim, inclusive, é o presidente da Comissão Processante e vai coordenar os trabalhos.
Ao TNOnline, o vereador negou o conteúdo da denúncia. Segundo ele, trata-se de perseguição política. Poim disse estranhar que a acusação tenha partido de alguém que "não frequenta a Câmara". Ele prometeu provar a inocência e, depois, tomar medidas judiciais cabíveis.
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