Os sites de apostas viraram uma febre em todo o mundo. No
entanto, há quem não abra mão dos tradicionais “bolões” entre amigos e colegas
de trabalho na Copa do Mundo. Nessa hora vale tudo, desde lista de papel que
circula no local de trabalho com apostas a R$ 5 ou palpites enviados por
aplicativos ou tabulados em planilhas de Excel com valor de R$ 200
por participante. O importante é aumentar a emoção durante os jogos do mundial
no Catar, até mesmo naquelas arrastadas partidas de 0 a 0, como Dinamarca e
Tunísia pelo Grupo 6.
O empresário Rafael Gracioli, de Apucarana, coordena um bolão limitado a 50 participantes. A inscrição custou R$ 200 e o prêmio total chega R$ 9,8 mil. Os dez primeiros colocados são premiados, sendo R$ 4 mil para o primeiro colocado, R$ 2 mil para o segundo e R$ 1 mil para terceiro. O décimo recebe R$ 200.
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Rafael explica que são quatro tipos de pontuação: placar exato (10 pontos); vencedor mais número de gols de um time (7 pontos); vencedor ou empate, sem acertar os gols (5 pontos) e acertar somente o número de gols de um time (2 pontos). “Os participantes do bolão precisam enviar os palpites até meia hora antes do primeiro jogo da rodada”, observa.
Ele conta que a maioria dos participantes é de Apucarana, mas há palpiteiros de outras cidades da região, incluindo um de São Paulo. “São amigos e conhecidos que estão participando. A gente já iria assistir mesmo a Copa do Mundo, então, o bolão é uma brincadeira para aumentar a emoção. Por exemplo, a partida Catar e Senegal não iria gerar tanto interesse, mas como tem apostas em jogo, as pessoas vibram e acompanham mais”, assinala.
Nem sempre os bolões têm essa organização toda. Em alguns locais a lista circula em folhas de papel, com apostas de R$ 5 ou R$ 10. Algumas empresas também entram na onda para mobilizar clientes, com premiação em serviços ou produtos.
O professor de matemática, Edimar Izidoro Novaes, de Apucarana, afirma que são muitas variáveis que o apostador precisa levar em conta na hora de dar o seu palpite. Além das estatísticas de confrontos, é preciso analisar as escalações, checar os desfalques e também avaliar os pormenores da tabela, com os resultados anteriores e necessários de cada time.
“Na Copa do Mundo, não tem mando de campo, que é algo que pesa muito, por exemplo, no Campeonato Brasileiro. São campos praticamente neutros nesse caso. Por isso, é preciso focar em todos os detalhes possíveis, se o goleiro é o titular, se os zagueiros têm ou não cartões amarelos, como foi o resultado do jogo anterior, qual será a próxima partida”, explica.
Por Fernando Klein
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