O biólogo Fernando Felippe, conhecido pelo trabalho de resgate de animais e monitoramentos de onças, gravou um vídeo em suas redes sociais relacionando o aumento de casos de dengue em Apucarana (PR) ao controle da presença das andorinhas na cidade. Veja o vídeo abaixo
O município enfrenta uma epidemia da doença. De acordo com dados preliminares do Sistema Nacional de Informações, são 1.439 notificações de dengue, com 786 casos confirmados. Em 19 de dezembro de 2023, no último boletim da Secretaria de Estado da Saúde, eram 152 casos confirmados, um aumento na ordem de 400%. O boletim atualizado da Sesa-PR deve ser divulgado na próxima terça-feira (9).
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Segundo Fernando Felippe, as andorinhas são um predador natural do mosquito Aedes aegypti, entre outros insetos. “Há muitos anos a nossa cidade era visitada por várias andorinhas, era a coisa mais linda do mundo. A gente via aqueles bandos enormes, que iam no Lago Jaboti para tomar água e deixavam sujeira nas praças é, claro, com suas fezes”, cita o biólogo.
No entanto, ele explica que as andorinhas são insetívoras. “Com a diminuição dessas aves em Apucarana, que tinham como habitat as praças do centro, elas começaram a procurar outros destinos. E o que aconteceu agora? Vários casos de dengue. As andorinhas faziam o controle dos mosquitos, não só o Aedes, mas de outros também”, pontua.
Segundo ele, a interferência na cadeia alimentar gera consequências. A presença das aves sempre gerou muita polêmica na Praça Interventor Manoel Ribas (Praça do Redondo), principalmente. Com o corte de árvores, a presença dessas aves reduziu muito nessa praça e também em outros locais do centro.
“A dengue está em praticamente todos os bairros de Apucarana. Com certeza, a falta das andorinhas, desse predador natural, ajudou bastante no aumento de casos”, acrescenta, citando que apenas uma andorinha pode se alimentar de 1,5 mil insetos por dia.
Veja o vídeo
O biólogo "Repórter Selvagem" falou sobre a ligação entre a ave e o controle do mosquito; veja tnonline
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