Mesmo em meio a pandemia do novo coronavírus, que bagunçou a economia, os bairros de Apucarana conseguiram expandir este ano. São 1.271 novos estabelecimentos, a maioria na área comercial. Conforme levantamento da Secretaria Municipal da Fazenda, a região com maior número de novas empresas foi o da Igrejinha, com 72 alvarás de funcionamento emitidos pela prefeitura entre janeiro a 15 de julho, o que representa 4,9% das 1.454 autorizações concedidas no período.
Outras regiões receberam novos empreendimentos como o Núcleo Habitacional João Paulo (58), Residencial Interlagos (57), no Jardim Ponta Grossa (54), Núcleo Habitacional Adriano Correia (41), Barra Funda (38), Vila Nova (32), Jardim América (29), Jardim Colonial (28), Distrito do Pirapó (27), Jardim Trabalhista (26), Núcleo Habitacional Afonso Camargo (25), Parque Bela Vista (24), Jardim das Flores (22), entre outros.
Embora o comércio nos bairros esteja crescendo, a área central ainda atrai muitos investidores com 183, o que corresponde a 12,5% do total de licenças de atividade emitidas neste ano. O levantamento mostra a descentralização do comércio, com empresários apostando no potencial de regiões, colaborando com a criação de pequenos ‘centros comerciais’, como a empresária Aline de Oliveira Lara, 23 anos que abriu uma loja de roupas no Bairro da Igrejinha.
A empresária ressalta que o bairro possui uma ótima infraestrutura com escolas, além de farmácias, padarias, supermercados, conveniências, entre outros estabelecimentos comerciais que acabam contribuindo com a movimentação de pessoas no bairro, consequentemente, na loja dela. “Antes eu tinha uma loja na área central, mas decidi mudar de endereço e a movimentação aumentou consideravelmente. Toda hora chega cliente na loja”, analisa. Além de um número maior de clientes, a empresária disse que o aluguel no novo ponto é mais barato. “Antes pagava R$ 1,2 mil e agora pago R$ 900. Tenho expectativa que as vendas melhorem ainda mais agora com a inauguração do Muffato”, espera.
EMPREGOS
A secretária municipal da Fazenda Sueli Pereira avalia que a abertura de novos estabelecimentos comerciais, independentemente do segmento e da região, impulsiona a geração de empregos no município. “Quando abre uma empresa gera empregos, serviços, impostos, por mais que a maioria não tenha retorno tributário tão grande, o retorno maior é dar trabalho aos apucaranenses. A gestão Junior da Femac prioriza também através da indústria e comércio o crescimento social, intelectual e econômico. O bem-estar social da comunidade em geral”, assinala.
MEIS LIDERAM EM EMPREENDIMENTOS
Levantamento da prefeitura aponta que 75% dos alvarás emitidos neste ano foram para Microempreendedores Individuais (Meis). Foram concedidos 1.085 documentos entre janeiro a 15 de julho deste ano. De acordo com o secretário de Indústria, Comércio e Emprego Edison Estrope, os MEIs registrados neste ano envolvem pessoas afetadas pelo desemprego durante a pandemia, como também aquelas que encontraram uma oportunidade para abrir o próprio negócio.
“O importante é que nesses comércios não geram apenas um emprego, cada um gera dois ou três no mínimo. São pequenas empresas que contribuem com Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) e INSS por exemplo”, comenta.
Por, Cindy Santos, jornalista do Grupo Tribuna do Norte
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