'Ave-fantasma' de rara aparição, urutau é resgatado em Apucarana

Um urutau, também conhecido como ave-fantasma ou mãe-da-lua, foi resgatado neste sábado (15) pelo biólogo Fernando Felippe em uma residência no Residencial Parque da Raposa III, em Apucarana (PR). Veja o vídeo no final do texto

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"A princípio, o pessoal [que o encontrou] achou que era uma coruja, mas constatamos que é um urutau, que tem um canto diferente e as pessoas associam várias lendas a ele", afirmou.

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De acordo com o biólogo, o animal é uma espécie migratória, o que significa que ele não é nativo da região.

"É um animal migratório, ele não é da nossa região. Chega uma época do ano que ele migra para acasalar e ter seus filhotes", destacou.

A ave foi resgatada e encaminhada ao Bosque Municipal de Apucarana. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema) vai encaminhá-la para atendimento médico no Hospital Veterinário da Unifil, em Londrina.

Urutau, ave-fantasma ou mãe-da-lua

O urutau é uma espécie típica das Américas Central e do Sul e chama a atenção pelo comportamento discreto e pela camuflagem eficiente. Com hábitos noturnos, ele passa boa parte do dia imóvel sobre troncos e galhos secos, confundindo-se com o ambiente. Essa estratégia o protege de predadores e explica por que a ave é tão difícil de ser observada na natureza.

Além da camuflagem, o urutau é conhecido pelo canto característico, que costuma ser longo, melancólico e facilmente reconhecido durante a noite. Essa vocalização, que pode soar como um lamento, contribui para a aura misteriosa associada à espécie e para o surgimento de diversas lendas populares. Em muitas regiões, o som do urutau está ligado a crenças sobre avisos, presságios ou mensagens espirituais.

A ave se alimenta principalmente de insetos, capturados em voos curtos logo após o entardecer. Apesar de sua aparência curiosa e de hábitos peculiares, o urutau tem papel importante no equilíbrio ambiental, ajudando no controle de populações de insetos. A espécie é geralmente avistada em áreas de mata, bordas de florestas e regiões arborizadas, sempre mantendo o comportamento reservado que a tornou uma das aves mais enigmáticas do continente.

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