O breaking se tornou um esporte olímpico e será uma das grandes novidades na próxima edição dos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024, se unindo ao skate, surfe e escalada, modalidades que iniciaram na competição em Tóquio. Apesar do esporte estar começando a aparecer mais na mídia, o breaking é praticado há anos, inclusive por atletas de Apucarana.
O apucaranense Caio César Savassa, 27 anos, também conhecido como “KCQ”, faz parte de um grupo na cidade chamado Independent Attack Crew, que, com outros sete amigos, se unem diariamente no Ginásio de Esportes Lagoão para praticar e treinar as manobras e coreografias.
O b-boy (nome dado aos praticantes de breaking) conta que conheceu o esporte quando ainda era criança e morava nos fundos de onde hoje é o espaço onde treina. “Uns primos de colegas meus precisavam de um lugar com piso liso para eles mostrarem umas manobras, então eu disse que em casa tinha um piso de cera. Foi aí que eles passaram umas manobras para nós. Na época era ‘Aranha’, ‘Moinho’, ‘Pião de Cabeça’, e aí foi onde eu vi o breaking pela primeira vez”, contou.
Agora com chances de chegar a defender o Brasil nas Olimpíadas, para o apucaranense, o intuito maior do grupo é continuar praticando o esporte, sem perder a essência. “Pretensão de ir às Olimpíadas a gente não tem muito, sempre fomos da rua. Agora a mídia está vendo com outros olhos, mas sempre treinamos e vamos continuar. Se nós chegarmos lá, vai ser pelo nosso potencial e conteúdo”, disse.
Para o Comitê Olímpico Internacional (COI), a decisão da inclusão do esporte é deixar os Jogos mais urbanos e equidade de gênero, gerando a oportunidade de se conectar com uma geração mais jovem.
O que é o breaking?
Criado por afro-americanos e latinos na década de 1970, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, o breaking é um estilo de dança de rua, normalmente dançada ao som de hip-hop, funk ou breakbeat. O esporte envolve muitos giros, saltos, geralmente disputados em círculos, nos quais os b-boys e b-girls se apresentam um a um.
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