Após a morte de um paciente de 57 anos de Apucarana que contraiu a febre do oropouche, a Autarquia Municipal de Saúde (AMS) anunciou que irá destacar uma equipe para tentar identificar na cidade o mosquito transmissor da doença.
“Foi definido o início imediato do trabalho de uma equipe de 14 agentes de saúde para identificar a presença do mosquito causador da doença na cidade, em especial na região onde o paciente que contraiu a febre oropouche residia. O trabalho é realizado de casa em casa, vistoriando os quintais das residências”, informou o secretário de Saúde, Emidio Bachiega nesta quinta-feira (25).
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O mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é considerado o principal transmissor da febre do oropouche. No entanto, o mosquito Culex quinquefasciatus, que são os pernilongos, também conhecidos como muriçocas, também pode ocasionalmente transmitir o vírus também.
O paciente de Apucarana morreu no dia 15 de abril, no mesmo dia em que buscou atendimento na Central da Dengue no Lagoão. Devido à gravidade do quadro clínico ele foi conduzido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) até o Hospital da Providência, onde foi internado.
“A causa morte deste paciente ainda está sendo investigada, portanto não há como confirmar se ele foi vítima da febre do oropouche”, pontua o secretário da saúde.
De acordo com Bachiega, o que se sabe até agora é que o paciente era representante comercial autônomo e viajava com frequência para o estado de Santa Catarina. “Ele, inclusive, retornou de uma dessas viagens no dia 11 de abril, 4 dias antes de buscar atendimento médico no Lagoão. Com esses dados existe a probabilidade do caso ser importado, ou seja, a doença não foi contraída em Apucarana”, pondera Bachiega.
O caso de febre do oropouche em Apucarana, confirmado pelo Laboratório Central do Estado (Lacen), na data de ontem (24), foi tema da reunião entre as equipes da 16ª Regional de Saúde e da Autarquia Municipal de Saúde de Apucarana na manhã de hoje. No encontro foram definidas estratégias para investigação do caso, principalmente da causa da morte do paciente.
SINTOMAS – Similares aos sintomas da dengue, as principais reações provocadas pelo vírus são dor de cabeça, dores musculares, náusea e diarreia. Também pode evoluir para diagnósticos mais graves, como manifestações hemorrágicas. Atualmente, não existe vacina ou tratamento específico para a doença. Pacientes que possuírem os sintomas devem permanecer em repouso, realizando o tratamento sintomático e mantendo acompanhamento médico.
PREVENÇÃO - A prevenção segue a mesma orientação amplamente divulgada para o combate do mosquito da dengue. Manter o quintal limpo, removendo possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas, bem como recorrer ao uso de repelente.
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