O medo de um possível desabastecimento de combustíveis, por conta dos bloqueios das rodovias, fez muita gente 'correr' até os postos para encher o tanque de seus veículos, no início da noite desta segunda-feira (31), em Apucarana, norte do Paraná. A grande procura é efeito imediato dos protestos protagonizados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas urnas pelo rival, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no segundo turno das eleições 2022.
Por volta das 18 horas, a BR-376 foi bloqueada por eleitores do presidente que não conseguiu se reeleger. Não demorou muito para os postos da cidade registrarem filas imensas de veículos para abastecimento. Os motoristas temem que os bloqueios prejudiquem o fornecimento de combustíveis. Temor que remete à greve dos caminhoneiros em 2018 - a maior da história da categoria - que durou dez dias e causou escassez de combustíveis em todo o país.
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Na região, ao bloqueio parcial da PR-466, em Jardim Alegre, no final da manhã desta segunda-feira (31), também causou uma corrida aos postos de combustíveis. Em Ivaiporã, município vizinho a Jardim Alegre, longas filas foram registradas nos estabelecimentos. Segundo a reportagem apurou, em alguns estabelecimentos já há falta de gasolina e etanol.
Até as 19 horas o Paraná já tinha registrado 65 pontos de bloqueios com protestos de bolsonaristas contrários à vitória de Lula. O petista recebeu 50,9% dos votos válidos no segundo turno, contra 49,1% de Bolsonaro. Os manifestantes alegam que as urnas foram fraudadas e pedem intervenção militar.
Por Cindy Santos.
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