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Apucarana tem 90% dos carteiros na greve dos Correios

Os carteiros de Apucarana, que trabalham no Centro de Distribuição - (CDD), dos Correios, estão em greve desde as 22 horas, de segunda-feira (17). "A maior parte está em casa, nesta terça-feira (18), pela manhã devido à chuva e paralisados", afirmou o dir

Da Redação

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Apucarana tem 90% dos carteiros na greve dos Correios
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Escrito por Da Redação
Publicado em 18.08.2020, 11:17:13 Editado em 18.08.2020, 17:01:50
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Os carteiros de Apucarana, que trabalham no Centro de Distribuição - (CDD), dos Correios, estão em greve desde as 22 horas, de segunda-feira (17). "A maior parte está em casa, nesta terça-feira (18), pela manhã devido à chuva e paralisados", afirmou o diretor do sindicato da categoria, Fabiano Silvério. A logística do local atende a todo município e segundo a coordenação do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (SintCom-PR), dos 34 profissionais, apenas 04 não aderiram à greve.

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"O departamento não está fechado, mas só esses que estão trabalhando, além da coordenação local do Centro de Distribuição. Mas quanto mais forte é o movimento, mais rápido há chances de negociar com os Correios", ponderou Fabiano.

Os carteiros de todo Brasil iniciaram movimento de greve na manhã dessa terça-feira (18). O Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (SintCom-PR), confirmou a paralisação, após reunião remota feita na segunda-feira (17), à noite, com a participação dos associados de todo estado. Cerca de mil carteiros participaram da votação e segundo a entidade, mais de 90% disse sim ao movimento.

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Segundo os carteiros, há uma tentativa dos Correios para diminuir os salários dos trabalhadores ao equiparar com a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e a greve é uma resposta por falta de acordo pela tentativa de suspensão da maioria - (70 de 79), cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). “Nós temos benefícios a mais do que está na lei geral e o que foi conquistado ao longo dos anos, a partir de greves e acordos, os Correios querem retirar”, diz o dirigente de Apucarana.

Os Correios

Em nota, os Correios se manifestaram para dizer que não pretendem suprimir direitos dos empregados. Segundo a estatal, a empresa propõe ajustes dos benefícios concedidos ao que está previsto na CLT e em outras legislações, resguardando os vencimentos dos empregados conforme contracheques em anexo que comprovam tais afirmações.

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Sobre as deliberações das representações sindicais, os Correios ressaltam que possuem um Plano de Continuidade de Negócios, para seguir atendendo à população em qualquer situação adversa.

"No momento em que pessoas e empresas mais contam com seus serviços, a estatal tem conseguido responder à demanda, conciliando a segurança dos seus empregados com a manutenção das suas atividades comerciais, movimentando a economia nacional", diz a nota.

A respeito das negociações, a empresa ressalta que desde o início das negociações com as entidades sindicais, os Correios tiveram um objetivo primordial: cuidar da sustentabilidade financeira da empresa, a fim de retomar seu poder de investimento e sua estabilidade, para se proteger da crise financeira ocasionada pela pandemia.

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A diminuição de despesas prevista com as medidas de contenção em pauta é da ordem de R$ 600 milhões anuais. As reivindicações da Fentect, por sua vez, custariam aos cofres dos Correios quase R$ 1 bilhão no mesmo período - dez vezes o lucro obtido em 2019. Trata-se de uma proposta impossível de ser atendida.

Sobre os benefícios

Respaldados por orientação da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), bem como por diretrizes do Ministério da Economia, os Correios se veem obrigados a zelar pelo reequilíbrio do caixa financeiro da empresa. Em parte, isso significa repensar a concessão de benefícios que extrapolem a prática de mercado e a legislação vigente. Assim, a estatal persegue dois grandes objetivos: a sustentabilidade da empresa e a manutenção dos empregos de todos.

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