Foto por AEN/Reprodução
Moradores de Apucarana que estão procurando a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com sintomas de covid-19 estão voltando para casa sem saber se estão ou não com a doença. O motivo é a falta de testes disponíveis na rede municipal de saúde. O município argumenta que não está recebendo material suficiente da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa-PR) e, por isso, fará uma compra emergencial.
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O coordenador da Divisão de Vigilância Epidemiológica da AMS, Luciano Simplício Sobrinho, afirma que o número de testes enviados pela Sesa-PR caiu no início deste mês. “Foram poucos testes que chegaram e rapidamente já foram usados”, explica. O problema também é registrado no Centro de Saúde Infantil Sonho de Criança.
Por isso, a Prefeitura decidiu realizar por conta própria uma licitação. No entanto, Luciano assinala que a compra está demorando porque o produto está em falta no mercado nacional. “Recebi a informação que não estavam achando os testes (para comprar). Conseguiram agora achar um fornecedor”, assinala, observando que a compra e a chegada dos testes ainda vai demorar pelo menos mais 15 dias.
O coordenador admite que a situação não é a ideal, porque o município acaba não tendo um controle real do número de casos, ainda mais com a chegada do outono. Segundo os dados disponíveis, Apucarana registrou 56 registros da doença em janeiro, 47 em fevereiro e 35 em março.
O chefe da 16ª RS, Marcos Costa, explica que a distribuição dos testes é feita pela Sesa-PR de acordo com o repasse feito pelo Ministério da Saúde. Segundo ele, houve uma redução na quantidade enviada ao Paraná. Ele orienta os municípios a avaliarem a demanda de pacientes e, caso haja necessidade, realizar a aquisição dos testes por conta própria.
NOTA DA SESA-PR
A Sesa-PR informou, em nota, que os testes para detecção da Covid-19 são enviados pelo Ministério da Saúde e que o Estado repassa aos municípios os testes assim que recebe. "Ao mesmo tempo, a Secretaria de Estado da Saúde tem antecipado recursos para a Vigilância em Saúde, via programa Provigia. Foram R$ 60 milhões recentemente anunciados pelo Governo do Estado, além de recursos extras para que as prefeituras, via Secretaria Municipal de Saúde, façam aquisições de insumos", informou a secretaria.
No ano passado, ainda segunda a nota, o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, também direcionou recursos do programa para que os municípios pudessem fazer frente às demandas, que inclusive contemplam a testagem do coronavírus, com mais de 300 milhões também para outras ações de vigilância.
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