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Apucarana pode adotar reconhecimento facial para idosos nos ônibus

Contabilizar a quantidade de idosos que usam o transporte gratuitamente é questão central na busca de formas para reequilibrar o sistema, em crise

Da Redação

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A quantidade de idosos que usa gratuitamente o transporte público urbano, em Apucarana, é uma incógnita
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A quantidade de idosos que usa gratuitamente o transporte público urbano, em Apucarana, é uma incógnita
Escrito por Da Redação
Publicado em 16.07.2022, 08:10:53 Editado em 16.07.2022, 08:10:39
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A Viação Apucarana Ltda (VAL) pode adotar, ainda neste ano, um sistema de reconhecimento facial para poder contabilizar os idosos transportados gratuitamente todos os dias nos ônibus urbanos, em Apucarana. O novo sistema seria feito por câmeras instaladas nos validadores, que são aqueles aparelhos fixados próximos às catracas dos ônibus. Uma das urgências dos gestores do transporte público, no momento, é saber quantos idosos usam o sistema público de transporte de passageiros, para encontrar formas de reequilibrar o sistema tarifário, que está em crise por causa da diminuição da quantidade de passageiros pagantes e do constante aumento do número de gratuidades no sistema, como os meio-passes de estudantes e a franquia assegurada por lei para idosos, pessoas com deficiência, gestantes.

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A quantidade de idosos que usa gratuitamente o transporte público urbano, em Apucarana, é uma incógnita. Nem a prefeitura, que é o poder concedente, nem a empresa concessionária que explora os serviços, sabem exatamente quantos idosos usam diariamente os ônibus que circulam pela cidade. Isso porque eles entram pelas portas dos fundos. O desafio dos gestores, agora, é contabilizar os idosos para avançar nas estratégicas em busca de reequilibrar o sistema tarifário local, que está em dificuldades com a perda de passageiros pagantes desde o início da pandemia.

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O diretor da VAL, Roberto Jacomeli, informou que ainda em julho uma empresa especializada vai apresentar, em Apucarana, a tecnologia de reconhecimento fácil nos validadores dos ônibus. “É um sistema inteligente de bilhetagem, que faria o reconhecimento facial do usuário. Mas ainda estamos em processo de finalização dos estudos para esse investimento. Vamos conhecer a tecnologia e a proposta da empresa nessa reunião, que teremos em Apucarana. Então vamos saber se será possível implantar o modelo, considerando a tecnologia e a demanda de investimentos”, afirma o executivo da empresa. “O que sabemos é que é um sistema dos mais modernos e mais seguros, usados no mundo atualmente”.

Jacomeli explica que há duas possibilidades em estudo para resolver a necessidade de contabilizar a quantidade de idosos no sistema de transporte urbano. Seria adotar o cartão eletrônico ou já partir para o reconhecimento facial. “É isso que temos. E se adotarmos o cartão agora, mais tarde, fatalmente precisaremos partir para o reconhecimento facial. Então nossa tendência é de já tentar ir direto para o sistema de reconhecimento”, explica.

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O executivo da VAL explica que contabilizar o número de idosos é um problema em todas as cidades com transporte público. As que contabilizam os idosos, hoje, são a exceção. Mas todas precisam resolver isso. “Atualmente, trabalhamos com estimativas, a partir da experiência em outras cidades que contabilizam, como Maringá. A quantidade de idosos chega aos 30% da quantidade total de passageiros transportados”, comenta. Em Apucarana, calcula, os idosos representam uma média de 15 mil viagens gratuitas mês. “Precisamos encontrar formas de remunerar o sistema para essas gratuidades, principalmente os idosos, compreendendo que, como o sistema tarifário é por rateio, todas as gratuidades pressionam o valor da tarifa cobrada de quem não tem a gratuidade. No caso dos estudantes, por exemplo. Todos tem direito a meio passe. Cinquenta por cento da passagem deles é paga pelo poder público. Os outros 50% dessa gratuidade é diluída no sistema e quem paga por isso é o usuário do transporte. É o caso da gratuidade dos idosos. Por enquanto, quem está pagando por isso é o usuário. Por isso lembramos que é preciso dinheiro público para remunerar o sistema pelas gratuidades que são concedidas”, raciocina.

Por, Claudemir Hauptmann

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