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Apucarana já soma mais de 24 mil raios em 2023, aponta Inpe

Dados são do Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Elat)

Da Redação

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Apucarana teve uma média mensal de 2,2 mil raios em 2023
Icone Camera Foto por Foto: Jair Ferreira/Bela Facce
Apucarana teve uma média mensal de 2,2 mil raios em 2023
Escrito por Da Redação
Publicado em 23.12.2023, 09:00:48 Editado em 16.12.2023, 08:32:46
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A morte de um jovem de 21 anos no último domingo (8), atingido por um raio durante uma partida de futebol em Santo Antônio da Platina, no Norte Pioneiro do Paraná, chamou atenção para esse fenômeno climático.

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Dados do Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Elat/Inpe) mostram que Apucarana registrou 24.671 raios de janeiro a novembro de 2023, o que representa uma média mensal de 2.242 descargas. O número é inferior a 2022, quando o município somou 32.295 (2.691 mensais). Em 2021, foram 17.596 raios (1.466).

-LEIA MAIS: O que acontece com o corpo humano quando é atingido por um raio?

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Recentemente, o Elat/Inpe divulgou um levantamento inédito que analisou o impacto dos raios no Brasil durante a última década. No país campeão mundial em incidência de raios, com 78 milhões de descargas para o solo a cada ano, o estudo revela que, ao longo da última década, tem-se observado uma tendência de queda no número de mortes por raios.

A cada 50 óbitos no mundo, um acontece no Brasil, que é o segundo país na América Latina com o maior índice de mortes causadas por raio, atrás somente do México, e o sétimo no mundo. O número de mortes no Brasil é cerca do dobro do número de mortes na República Democrática do Congo e o triplo do número de mortes nos Estados Unidos, os dois países com mais raios após o Brasil.

Foram 835 mortes entre 2013 e 2022. No ano passado, foram 68 mortes por raios; 79 em 2021; 75 em 2020 e 83 em 2019. Em Apucarana, não casos recentes de mortes.

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De acordo com o levantamento, o número de mortes ocorre principalmente na primavera, verão e outono, e as circunstâncias mais comuns são pessoas em áreas abertas no meio rural (27%) e pessoas dentro de casa em contato com objetos ligados à rede elétrica ou telefônica (24%). O estudo revela também um dado alarmante - o número de mortes por raios nos estados brasileiros tem uma correlação inversa com o Produto Interno Bruto (PIB). Em outras palavras, os estados com menor PIB tendem a apresentar um maior número de óbitos por raios.

Na última década, 266 pessoas foram hospitalizadas após serem atingidas por raios no Brasil, o que representa aproximadamente 32% do número total de mortes causadas por essas descargas elétricas, e esse número vem aumentando. O estado de São Paulo lidera o ranking, com 48 pessoas hospitalizadas, e o estado de Tocantins registrou o menor número de hospitalizações no período, com apenas sete casos. A tendência de aumento no número de pessoas hospitalizadas também é observada em outros países, como os Estados Unidos. Por outro lado, o número de hospitalizados tende a ser menor do que o número de mortes, pois muitos casos não são registrados. O mesmo se observa em outros países, Dr. Osmar Pinto Junior, esta correlação reflete a associação do PIB com o grau de informação da população e é consistente com o fato de que o número de mortes é menor em países desenvolvidos e maior em países com baixo nível de desenvolvimento. Os estados do Pará e do Amazonas ocupam as primeiras posições no ranking de mortes de pessoas por raios, apesar de estarem classificados em nono e décimo quinto lugar entre os estados em termos de população. Nos últimos dez anos, o Pará registrou 88 óbitos e apresenta uma taxa média de 1,16 mortes por ano por milhão de habitantes. Já o Amazonas registrou 78 óbitos e uma taxa de 2,23, o que equivale a 11,7 vezes a taxa em São Paulo e a maior dos estados brasileiros. De acordo com o estudo, o Brasil apresenta taxa de 0,40 mortes por ano por milhão de habitantes.

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