Com 1.100 hectares cultivados e uma produção de 2.376 toneladas, Apucarana está entre os cinco maiores produtores de café do Paraná. Além da área cultivada, Apucarana também se destaca pela produção de um café de qualidade, pelo incentivo ao cooperativismo e pela articulação com órgãos voltados à pesquisa e extensão.
O prefeito Junior da Femac destaca as diversas iniciativas de apoio e fomento à cafeicultura. “Temos a distribuição de mudas de café tolerantes a doenças e o repasse de calcário e fosfato a preço subsidiado. Também estamos incentivando o uso da tecnologia, viabilizando maquinários para o plantio e a colheita do café. Além disso, com a nossa equipe e em parceria com os profissionais do IDR-PR, buscamos prestar a assistência técnica que é tão importante para os produtores”, frisa Junior da Femac, acrescentando que a Prefeitura viabilizou ainda um caminhão e um espaço para a Associação dos Cafeicultores.
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O prefeito Junior da Femac salienta também os esforços para potencializar a produção de um café de qualidade, aproveitando as condições de clima e de solo. “Outra ação é o projeto para viabilizar a Indicação Geográfica (IG), que é o reconhecimento de que uma região produz um produto diferenciado, sendo isso muito importante no mercado interno e especialmente para abrir das portas do mercado externo”, reitera Junior da Femac.
O chefe do núcleo regional da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), Cristovon Videira Ripol, afirma que Apucarana forma – junto com municípios do entorno – o terceiro maior polo produtor de café do Estado. “Precisamos trabalhar para obter o registro da indicação geográfica no polo de Apucarana, para fortalecer e consolidar ainda mais essa região como um polo de sucesso”, afirma Ripol.
Ripol assinala que no Estado do Paraná há um esforço conjunto para o desenvolvimento da cafeicultura. “Onde não existe esse esforço, a cafeicultura desapareceu e onde ele existe se forma o chamado cluster, que é um conjunto de atores, de políticas e de lideranças que trabalham em favor de um negócio”, explica Ripol, cuja dissertação de mestrado abordou a cafeicultura.
O café – continua o especialista – é hoje um dos melhores negócios para agricultura familiar no Estado. “Isso em densidade de renda, ou seja, no que tange o Valor Bruto de Produção por hectare. Poucos negócios hoje batem o café, talvez algumas frutas”, avalia.
Ripol reforça que o trabalho em conjunto é muito importante. “Temos cinco profissionais especialistas que atendem a região, inclusive um degustador. Temos também uma sala de degustação que fica em Jandaia do Sul, isso por uma questão logística pois a Universidade Estadual de Maringá é nossa parceira”, pontua.
O chefe do núcleo regional da Seab cita ainda o Concurso Café Qualidade do Paraná, que estimula uma produção diferenciada. “Ao ponto de Apucarana participar com destaque e ter uma produtora campeã. Temos também o Programa Pesquisa Café, que é coordenado pelo Dr. Gustavo Sera, e ainda a coordenação estadual do café, feita pelo Otávio Oliveira Luz”, cita.
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Nesta contextualização, Ripol também destaca a importância das cooperativas da agricultura familiar. “No caso de Apucarana, temos a Cooperativa dos Cafeicultores do Pirapó, através da qual são repassados recursos e equipamentos a fundo perdido pelo Programa de Apoio ao Cooperativismo da Agricultura Familiar do Paraná (Coopera Paraná). Tudo isso para estimular, potencializar e organizar os produtores em suas cooperativas”, completa.
De acordo com dados fornecidos por Otávio Oliveira Luz, coordenador estadual do café, os cinco maiores produtores de café no Estado são Carlópolis (5.292 hectares), Pinhalão (2.060 hectares), Ibaiti (1.703 hectares), Tomazina (1.280 hectares) e Apucarana (1.100 hectares). Esses municípios, juntos, respondem por 48,5% da produção paranaense de café.
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