Após ter 60% do pulmão comprometido, o motorista Edvaldo Macedo, de 47 anos, de Apucarana, vem se recuperando da Covid-19. "A recuperação não é somente de 14 dias. A fraqueza dura muito tempo e deixa muitos problemas pós-covid, como esquecimento, dor no pulmão, visão mais limitada, audição e olfato comprometidos, além de muito cansaço", conta.
Edvaldo foi diagnosticado com a doença no dia 25 de abril e passou até o dia 5 de maio praticamente sem sintomas. Porém, no dia 5 de maio, aos receber alta médica, a febre começou. "Após alguns exames, descobrimos que meu pulmão estava 60% comprometido e no dia 9 de maio precisei ser internado. Fiquei por uma semana deitado, sem levantar. Só dependendo de quem estava ali. Mexe demais com o psicológico. É um experiência inexplicável", recorda.
Agora, em recuperação em casa, o motorista segue com uma rotina de cuidados. "O vírus destrói a musculatura. Por isso, venho tomando algumas medicação, vitaminas e suplementos. Ainda sinto muita canseira e um pouco de falta de ar. Segundo os médicos, a recuperação total ainda pode levar alguns meses", relata.
Sobre a questão de discriminação, Edvaldo pede para que as pessoas sejam mais solidárias. "Quem lutou ou segue na luta contra a Covid-19 não merece ser discriminado. Este vírus separou famílias, amigos e está tirando o melhor das pessoas. Não vamos esquecer que um paciente com covid é um ser humano, que, muitas vezes, nem sabe como contraiu o vírus e está lutando pela vida. Compreensão com as famílias que são pacientes da Covid-19", acrescenta.
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