As obras do Hospital de Apucarana estão tirando o sono de moradores do prédio prédio Hishino Hirose. Localizado na Rua Munhoz da Rocha, o residencial com 10 apartamentos e duas salas comerciais, fica na divisa da obra. Com a movimentação do terreno, parte do muro da garagem desabou e rachaduras colocam em risco a central de gás do prédio.
Segundo a administradora responsável pelo condomínio, os problemas na estrutura do prédio começaram a aparecer no início do mês de abril, com o surgimento de rachaduras. “Com última chuva, no dia 19, desabou o fundo do muro da garagem e as trincas aumentaram”, afirma o proprietário da administradora Robson de Abreu Paulino.
Ele destaca que a central de gás do prédio está bem próxima do processo erosivo. “Está escorado por um monte de terra e na próxima chuva pode cair”, afirma.
Segundo ele, a administradora fez duas notificações à empresa responsável pela obra, a Termale Engenharia Ltda, e à Defesa Civil da Prefeitura de Apucarana, órgão com poder de fiscalizar a obra, - uma quando surgiram as rachaduras e outra imediatamente após a queda do muro. “Acionei o protocolo na prefeitura informando a rachadura, um segundo protocolo pedindo verificação do muro que caiu e solicitei a apresentação laudo cautelar impacto vizinhança”, comenta.
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“No momento não estamos preocupados com a reparação do dano, mas queremos providências de contenção de problema para evitar mais estragos”, afirma, acrescentando que o caso foi levado ao Ministério Público.
Na manhã desta sexta-feira (28), a Defesa Civil de Apucarana, acompanhada do setor de vistoria do Corpo de Bombeiros e de engenheiros da Secretaria de Obras, fez uma visita ao local.
Em nota, a Secretaria de Obras, informa que o muro não tinha fundação e aguarda o condomínio apresentar laudo técnico da central de gás. A secretaria afirma ainda que determinou a implantação de uma "cortina de estacas" de concreto no local, com custos dob responsabilidade do município. Porém o serviço atrasou, devido ao mau tempo. “Todo o histórico de atendimento e acompanhamento do problema foi apresentado hoje (sexta-feira) ao Ministério Público.
O comandante da Guarda Civil Municipal e chefe da Desa Civil, Reinaldo Andrade, informou que após a vistoria, nesta sexta, além de mudar a central de gás de lugar, a estrutura do aterro da obra será reforçada. "Todo processo será acompanhado pela Defesa Civil e secretária de obras do município, e as melhorias já começaram a ser feitas ainda nesta sexta", garante.
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A reportagem entrou em contato com a Termale Engenharia Ltda e aguarda posicionamento sobre o caso. Veja:
OBRAS
A obra do Hospital Municipal foi iniciada e janeiro deste ano e envolve reforma do prédio que era ocupado pela Autarquia Municipal de Saúde (AMS) e construção de novas estruturas. A área construída será de 4.062,88 m², sendo 2.616,90 m² de reforma e 1.445,98 m² de ampliação. O projeto prevê 40 leitos clínicos, um centro cirúrgico, 12 ambulatórios e um refeitório para os funcionários e envolve um investimento de R$18.6 milhões.
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