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Ano Novo: conheça tradições populares para o Réveillon

Apucaranenses revelam o que fazem para atrair saúde, prosperidade e dinheiro no final de ano

Da Redação

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A designer de Moda, Mariana Abe, aposta em roupas novas e cores para atrair 'coisas boas' para o novo ano
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A designer de Moda, Mariana Abe, aposta em roupas novas e cores para atrair 'coisas boas' para o novo ano
Escrito por Da Redação
Publicado em 30.12.2022, 10:44:51 Editado em 30.12.2022, 10:44:43
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As tradições e superstições são realizadas por muita gente todo final de ano. Tudo isso para que o ano que se inicia a partir de 1º de janeiro venha acompanhado de amor, sorte, paz e dinheiro. Por isso, no dia 31 de dezembro pode ser difícil encontrar uma família em que ninguém esteja usando roupas brancas ou fazendo alguns rituais de ano novo.

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O mesmo vale para as praias, nas quais sempre há pessoas pulando sete ondinhas quando o relógio marca meia-noite. O costume da designer de Moda, Mariana Abe, 21 anos, é escolher uma cor e usar roupas novas todo final de ano. Neste final de 2022, o tom escolhido foi azul, que para a apucaranense, deve atrair saúde e prosperidade.

"Esse ano que chega ao fim foi muito bom para mim. Por isso, espero que 2023 siga o mesmo ritmo. A cor é azul é para que traga bastante saúde para minha família. É isso que importa depois de tantos susto que levamos nos últimos anos", comenta.

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Quem também segue as tradições de final de ano é a fisioterapeuta Heloiza Miquelão Massambani, de Apucarana. Quando está na praia, ela tem o costume de pular as sete ondas e com a família, sempre guarda as sementes das sete uvas, além de comer sete lentilhas durante a ceia. "É um costume de família que gosto de seguir. Quero muita sorte e saúde para 2023", observa.

-LEIA MAIS: Conheça a história do Poço de Jacó de Apucarana; assista

A empresária apucaranense Renata Kogure também segue há anos as tradições de final de ano. "Sempre como lentilha em cima da cadeira ou da mesa. Tem até foto da gente em cima da cadeira comendo lentilha. Além disso, guardo as sete sementes de romã na carteira para atrair dinheiro", conta.

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Conheça algumas tradições:

Usar branco

É uma tradição herdada das religiões de matriz africana e afro-brasileira, tais como o candomblé e a umbanda, que acabaram se popularizando no Brasil. O branco representa a promoção da paz.

Lentilha

Trata-se de um hábito comum em muitos países, para garantir fartura e prosperidade. A origem desta superstição é italiana e foi trazida ao Brasil pelos imigrantes. Na Itália, existe até um ditado popular que diz: "Lentilha no Ano-Novo, dinheiro o ano todo" (“Lenticchie a capodanno franchi tutto l´anno"). Há quem acredite que isso se deve ao fato de o formato do grão se assemelhar a uma moeda.

Bacalhau

Como muita gente deve suspeitar, o hábito de comer bacalhau chegou ao Brasil com os portugueses, já na época do descobrimento. No entanto, foi com a vinda da Corte, no início do século XIX, que esse hábito alimentar começou a se difundir. Na ceia, o peixe é uma alternativa ao consumo de aves (frango, peru) que, como reza a lenda, por ciscarem para trás, remetem a um “atraso de vida”.

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Romã

A romã foi levada pelos fenícios ao Mediterrâneo, de onde se difundiu para as Américas e acabou chegando ao Brasil. A tradição de comer a fruta no Réveillon veio da Grécia. Lá, eles jogam a romã no chão para quebrá-la e dividi-la entre todos. Pelo catolicismo, em 6 de janeiro, Dia de Reis, é costume comer e guardar algumas sementes na carteira para atrair sorte e riqueza ao longo do ano. Essa tradição remete às cerimônias e cultos da antiga civilização romana, que via na fruta um símbolo de ordem, riqueza e fecundidade.

Fogos de artifício

Parte integrante das comemorações religiosas na China, os fogos de artifício foram "inventados pelos chineses para afugentar demônios no Ano-Novo e em outras ocasiões comemorativas", segundo a revista Popular Mechanics. Hoje em dia, é parte marcante na virada do ano em todos os cantos do mundo.

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Uva

O costume de comer uvas no momento da virada veio da Espanha, tendo surgido em 1909: depois de uma farta colheita, o rei Alfonso XIII distribuiu a fruta na véspera do Ano-Novo. Desde então, os espanhóis comem um dúzia delas, acompanhando as doze badaladas do relógio. Alguns acreditam que cada uva simboliza um mês de sorte no ano que se inicia; outros deixam pronta previamente uma lista com doze desejos.

Para os portugueses, comer três, sete, ou a quantidade correspondente ao seu número de sorte, garante prosperidade e fartura de alimentos. Para também atrair dinheiro, há quem guarde as sementes na carteira ou na bolsa.

Oleaginosas e frutas secas

Nozes, avelãs, castanhas, tâmaras, entre outras, foram trazidas para o Brasil pelos imigrantes de origem árabe. Por se tratarem de alimentos que podem ser armazenados e estocados (para o caso de escassez), simbolizam a mesa farta, garantindo que não falte comida ao longo do ano.

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Rabanada

A receita veio com os portugueses, mas a origem do quitute é controversa, já que integra o cardápio de muitos países – ainda que com pequenas variações no modo de fazer e no nome. Em Portugal é conhecida como pão de mulher parida (ou, em uma abreviação, pão parida), por acreditarem estimular a produção de leite em mulheres durante a fase de amamentação.

Para os ingleses, a rabanada teria sido incorporada aos hábitos franceses – daí o nome french toast – e, seguindo o dicionário Oxford, a primeira referência dataria de 1660. Há quem defenda se tratar de uma receita espanhola da Idade Média, o que também explicaria a origem do nome, possível adaptação do espanhol “rebanada”, que significa fatia.

Pular sete ondas

De acordo com os gregos, o mar tem o poder de renovar nossas energias. Porém, a prática de pular sete ondas remete a tradições africanas trazidas pelos escravos. O sete é considerado um número espiritual, e acredita-se que ao pular as ondas abrem-se os caminhos para superar as dificuldades do ano que está por vir.

Vinho espumante

O hábito de estourar o espumante para comemorar o Réveillon está presente em quase todo o mundo, mas não se sabe ao certo a origem desse costume. Associado a festas e comemorações da realeza europeia, o espumante era tido como um artigo de luxo. Na região de Champagne, na França – famosa pela produção de vinhos espumantes, daí a denominação "champagne" –, a bebida era presença certa na coroação dos reis do país, ficando conhecida como o “vinho dos reis”.

(FONTE: MultiRio) Matéria escrita por Fernanda Neme.

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