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Alerta: Violência contra idosos aumenta em Apucarana

A pandemia colaborou com alta nos registros de maus-tratos

Da Redação

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Alerta: Violência contra idosos aumenta em Apucarana
Icone Camera Foto por Ilustração/pixabay
Escrito por Da Redação
Publicado em 06.07.2021, 10:01:17 Editado em 06.07.2021, 10:01:19
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Os casos de violência contra idosos aumentaram 77,3% na Comarca de Apucarana. Dados da Promotoria de Justiça e Proteção ao Idoso que abrange Cambira, Novo Itacolomi e o município sede mostram que de janeiro a maio deste ano foram 133 denúncias. No mesmo período de 2020 foram 75 denúncias.

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Abril foi o mês com maior número de casos com 45, seguido por março que teve 43, fevereiro 17, janeiro 16 e maio 12 queixas. As denúncias envolvem negligência, violência física, psicológica e patrimonial. De acordo com o relatório da promotoria, o aumento de registros em março e abril tem relação com o período da vacinação contra o novo coronavírus quando equipes de saúde passaram a ter mais acesso aos idosos. Na maioria das vezes, os relatos são de pessoas abandonadas pela própria família, ou filhos e netos desempregados que abusam dos idosos.

Entre as denúncias registradas neste ano está um caso de Apucarana, ocorrido há cerca de duas semanas, onde uma idosa, de 69 anos, pediu medida protetiva contra o filho, de 41 anos, após ser ameaçada por ele. A vítima, que havia sofrido um AVC denunciou o filho à Polícia Militar pelo menos cinco vezes por agressão física. Em um dos casos o homem chegou a ameaçá-la com uma faca.

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Outro caso registrado em maio chamou a atenção pela quantidade de boletins de ocorrência registrados por uma idosa de, 76 anos. No total, a PM informou que havia 25 denúncias de violência. O autor é o neto dela, de 37 anos, que foi preso após bater na avó e machucar o braço dela.

“São muitos casos de violência, não só física, mas psicológica, com desprezo, desrespeito e casos de drogadição dentro da família. E o idoso é alvo dessa violência que aumentou durante a pandemia da Covid. Antes, a pandemia era só um problema sanitário e agora é um problema social”, comenta a secretária municipal de Assistência Social, Ana Paula Nazarko.

Pandemia colaborou com alta nos registros de maus-tratos

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Promotor Sérgio Salomão, titular da Promotoria de Justiça e Proteção ao Idoso acredita que os casos de maus-tratos aumentaram durante a pandemia, sobretudo, porque as pessoas passaram a ficar mais tempo em casa. Na opinião dele a tendência é que os índices diminuam conforme a vacinação contra a Covid-19 avançar e a sociedade voltar a sua rotina normal.

As denúncias registradas na promotoria são encaminhadas à Secretaria Municipal de Assistência Social, para que a rede de proteção possa fazer uma intervenção. Após a denúncia a equipe do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) vai até o local verificar a veracidade das informações e realiza os encaminhamentos necessários. O atendimento é sequencial e os casos são acompanhados por seis meses ou mais. Já a responsabilização dos autores dos maus-tratos fica a cargo do MP. Segundo o promotor, em geral, o autor responde a processo de acordo com a tipificação do crime cometido. Em casos mais graves há possibilidade até de prisão. Contudo, a maioria dos casos terminam em processo. “Acredito que deveria ter penalidades mais severas, mas isso depende do congresso nacional”, comenta. Casos de maus-tratos contra idosos podem ser denunciados no Ministério Público, na Assistência Social do município ou diretamente na Polícia Militar (PM).

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