Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) começaram no início da tarde desta segunda-feira (9) a desmontar a estrutura instalada em frente ao 30º Batalhão de Infantaria Mecanizado (BIMec), em Apucarana. A reportagem flagrou o momento em que eles carregavam bancos e cadeiras sob supervisão de um policial militar, que conversava com os remanescentes do ato antidemocrático. (Vídeo abaixo)
Entre 10 e 15 bolsonaristas ainda estavam no local quando a reportagem chegou. Dois idosos confirmaram por volta das 14h30 que estavam desmontando o acampamento a pedido da PM. No entanto, outros manifestantes partiram para cima da equipe do TNOnline logo depois, jogando pedras e proferindo xingamentos. O repórter não foi atingido e deixou o local em segurança.
As barracas ainda estavam montadas, além de inúmeras bandeiras do Brasil às margens da BR-376. "Mandaram tirar porque é uma via pública", disse uma simpática idosa, antes dos manifestantes mais raivosos começarem os xingamentos e as ameaças. O grupo está instalado entre a rodovia e empresas na saída para Curitiba.
O acampamento em frente ao quartel do Exército Brasileiro foi montando logo após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno em 30 de outubro.
A desmontagem do acampamento ocorre após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A decisão foi publicada no início da madrugada desta segunda-feira (9) e determina que a retirada dos acampamentos deve ser realizada em 24 horas pela Polícia Militar. A assessoria de imprensa da PM do Paraná informou ao TNOnline que os manifestantes foram informados do prazo de 24 horas para desmobilizar os acampamentos.
A decisão do ministro ocorre após as cenas de barbárie registradas no domingo (8) em Brasília, quando criminosos invadiram o Congresso, o STF e o Palácio do Planalto, deixando um rastro de destruição.
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