O baixo índice de aprovação na edição de dezembro do exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), divulgado semana passada, também chama atenção em Apucarana. Enquanto em dez instituições de ensino paranaenses nenhum candidato foi aprovado na prova, obrigatória para bacharéis em Direito que querem exercer a advocacia, menos de 10% dos inscritos oriundos de instituições do município obtiveram aprovação na segunda fase do exame.
De acordo com dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), instituição responsável pela elaboração da prova da OAB após a unificação do exame, a Faculdade de Apucarana (FAP), que oferta o curso de Direito na cidade, teve 44 presentes na primeira fase, sendo quatro aprovados na última etapa, o equivalente a 9,09%. Já a Faculdade do Norte Novo de Apucarana (Facnopar), teve 31 participantes na etapa inicial. Somente dois foram aprovados na segunda fase, totalizando 6,45% de aprovação.
Em todo o Paraná, de 6.890 inscritos no exame, 896 obtiveram aprovação (13%), enquanto no Brasil, menos de 12% dos 106.891 bacharéis em Direito inscritos venceram a segunda fase da prova, representando 12.534 novos advogados no País. Na região, a Faculdades Integradas do Vale do Ivaí (Univale), de Ivaiporã, teve um índice de 0% de aprovação.
Para o presidente da subseção da OAB em Apucarana, Júlio César Gonçalves, este resultado reflete a má qualidade dos cursos de Direito que estão sendo ofertados no Brasil. “Houve uma enxurrada de abertura de cursos, além do despreparo dos candidatos. É por isso que a direção da OAB pediu mais rigor junto aos cursos que obtiveram zero de aprovação. O nível do exame continua o mesmo dos anos anteriores, mas com esse binômio de má qualidade e má preparação, os índices de aprovação são baixos”, analisa.
(Leia matéria completa na edição de domingo (10) da Tribuna do Norte - Diário do Paraná)
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