Nesta quinta-feira (2), é celebrado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. A data, estabelecida em 2007, tem por objetivo levar informações para a população sobre o que é o autismo.
Acredita-se que no Brasil, existem 2 milhões de pessoas com o transtorno — e 70 milhões no mundo, muitos deles sem qualquer diagnóstico médico, o que dificulta o aprendizado e a empregabilidade dessas pessoas. A data é então também é uma oportunidade de dar visibilidade ao tema e comemorar alguns avanços.
Em Apucarana existe a Associação de Pais e Amigos dos Autistas Apucaranense, AMAA, que atende quem possui o transtorno e seus familiares. Neste ano, devido à pandemia de coronavírus, as comemorações para celebrar a data foram suspensas.
"Geralmente nós da associação promovemos algumas ações como palestras e caminhada, para comemorar a data, mas devido à pandemia, esse ano resolvemos adiar nossos planos. Nós existimos para conscientizar as pessoas, informar o que é o autismo, como lidar. Nós estamos trabalhando e organizando a implantação de um centro de atendimento multiprofissional para atender as pessoas autistas e famílias," destaca Maria Honorato, presidente da associação.
Para mais informações da associação, basta acessar a rede social da AMAA, através do link:
https://www.facebook.com/filhosautistas/
O autismo
O autismo é um problema psiquiátrico que costuma ser identificado na infância, entre 1 ano e meio e 3 anos, embora os sinais iniciais às vezes apareçam já nos primeiros meses de vida. O distúrbio afeta a comunicação e capacidade de aprendizado e adaptação da criança.
Que fique claro: os autistas apresentam o desenvolvimento físico normal. Mas eles têm grande dificuldade para firmar relações sociais ou afetivas e dão mostras de viver em um mundo isolado.
Anteriormente o problema era dividido em cinco categorias, entre elas a síndrome de Asperger. Hoje, ele uma única classificação, com diferentes graus de funcionalidade e sob o nome técnico de transtorno do espectro do autismo. O jeito de lidar com cada um varia.
Na forma qualificada como de baixa funcionalidade, a criança praticamente não interage, vive repetindo movimentos e apresenta atraso mental. O quadro provavelmente vai exigir tratamento pela vida toda.
Na média funcionalidade, o paciente tem dificuldade de se comunicar e repete comportamentos. Já na alta funcionalidade, esses mesmos prejuízos são mais leves, e os portadores conseguem estudar, trabalhar e constituir uma família com menos empecilhos.
Há ainda uma categoria denominada savant. Ela é marcada por déficits psicológicos, só que com uma memória fora do comum, além de talentos específicos.
O autismo não possui causas totalmente conhecidas, porém há evidências de que haja predisposição genética para ele. Outros reportam o suposto papel de infecções durante a gravidez e mesmo fatores ambientais, como poluição, no desenvolvimento do distúrbio.
Sinais e sintomas
– Bebês que evitam o contato visual com a mãe, inclusive durante a amamentação
– Choro ininterrupto
– Apatia
– Inquietação exacerbada
– Pouca vontade para falar
– Surdez aparente: a criança não atende aos chamados
– Transtorno de linguagem, com repetição de palavras que ouve
– Movimentos pendulares e repetitivos de tronco, mãos e cabeça
– Ansiedade
– Agressividade
– Resistência a mudanças na rotina: recusa provar alimentos ou aceitar um novo brinquedo, por exemplo
Fatores de risco
– Sexo masculino: o autismo é de duas a quatro vezes mais frequente em meninos do que em meninas
– Predisposição genética
– Poluição
– Infecções como rubéola durante a gravidez
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