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Solidariedade em tempos de coronavírus 

Em meio a pandemia do novo coronavírus, as cenas de gente disputando álcool gel e papel higiênico nos supermercados não são a única face da população. Com a crise também surge uma onda de solidariedade. Nas redes sociais, muitas pessoas estão se colocando

Da Redação

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Foto: Sérgio Rodrigo
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Escrito por Da Redação
Publicado em 22.03.2020, 10:26:00 Editado em 22.03.2020, 10:30:05
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Em meio a pandemia do novo coronavírus, as cenas de gente disputando álcool gel e papel higiênico nos supermercados não são a única face da população. Com a crise também surge uma onda de solidariedade. Nas redes sociais, muitas pessoas estão se colocando à disposição para oferecer ajuda para os idosos e tem até quem está produzindo máscaras para doar para quem não tem condições de comprar. 

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Aos 44 anos, Luciana Israel de Souza que trabalha no ramo da confecção, está disponibilizando seus tecidos e tempo para ajudar quem precisa. A empresária, ao perceber a gravidade da pandemia resolveu pegar seus tecidos e costurar máscaras de proteção. Após buscar o desenho e ideias na internet, conseguiu criar um modelo ideal. Ela divulgou nas redes sociais que estava doando. “Eu sei que o uso da máscara é essencial para as pessoas que já estão com gripe. Sei que o ideal seria para pessoas com sintomas, que devem usar para não contaminar outras pessoas, mas com a pandemia vi que o produto começou a faltar nas farmácias e lojas. Quando começaram os boatos de casos em Apucarana veio essa ideia. Eu fiquei muito preocupada com os idosos. Eu sou asmática, faço parte do grupo de risco e sei como é difícil viver com medo e preocupação de contrair o Covid-19” conta.

Luciana demora em média cinco minutos para costurar uma máscara de tecido lavável e garante que apesar de doar, está ganhando muito com a boa ação. “É tanto Deus te abençoe que não tem dinheiro que pague. Tem muitas pessoas parabenizando pela iniciativa. Eu me sinto feliz, dá uma energia extra para passar por isso. Quem quiser basta me procurar através do Facebook. Os empresários que quiserem doar matéria-prima também para ajudar ainda mais, eu realizo a costura. Temos que ter fé e ajudar o próximo, ”detalha.

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A jovem Raissa Evelyn Siqueira, de 23 anos, criou um grupo no WhatsApp, chamado Ação Solidária, para reunir pessoas que também querem contribuir. A ideia é juntar pessoas que se disponham a realizar atividades como para pagar contas, ir ao banco, mercado ou comprar algum remédio para idosos. “Eu quando publiquei no Facebook, achei que ninguém iria curtir ou compartilhar. Mas me espantei com a repercussão. Até agora recebi o pedido de ajuda de uma grávida que precisava comprar um remédio. Fui na farmácia para ela e me senti muito feliz”, detalha.

A jovem acredita que a demanda dos pedidos de ajuda deve aumentar a partir da semana que vem. “Acredito que as pessoas idosas e quem faz parte do grupo de risco, vão pedir por ajuda nos próximos dias. Não fico preocupada em sair, eu fico preocupada com o próximo, em como enfrentar esse momento, ”comenta.

Dieine Paula da Silva Aranda, de 39 anos, também se dispôs a ajudar. Ela publicou em sua rede social que ajudaria quem mora na região do Jardim Apucarana, onde vive. Mesmo apavorada com a situação, quer enfrentar o novo coronavírus fazendo o bem.

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A cabeleireira tem também um motivo especial para sair de casa. “Eu e meu esposo sempre que podemos ajudamos o próximo, por que um dia podemos precisar também. E como meu marido faleceu recentemente, vou continuar esse legado, pois muitas pessoas estão me ajudando a passar por essa fase terrível. Ainda não fui procurada, mas será um imenso prazer poder ajudar alguém que tenha essa necessidade”, ressalta.

Oferecimento de ajuda em bilhete no elevador 

Um bilhete colocado no espelho do elevador, pode também ajudar muitas pessoas. Essa foi a ideia de Yana Fortuna, de 29 anos. Ela deixou um comunicado avisando que ajudaria os idosos do prédio onde mora.“Não é a primeira vez que o mundo passa por uma pandemia. Ontem mesmo eu estava lendo o Decamerão do Boccaccio e a história se passa em Florença no século 14 durante a peste negra. Porém, diferente daquela época, eu sinto que a humanidade hoje está mais madura emocionalmente, estamos vendo muitas ações em que o coletivo está se sobressaindo ao individual e isso me enche de esperança. Eu deixei o bilhete porque acredito que todos nós vamos sair diferentes dessa experiência e eu quero poder dar minha contribuição nessa mudança. Sozinhos vamos mais rápido, mas juntos vamos mais longe” finaliza.

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