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Justiça determina construção de travessia na Vila Apucaraninha

O juiz da Vara da Fazenda Pública, Rogério Tragibo de Campos, determinou à prefeitura de Apucarana a elaboração de um projeto e construção, num prazo de 60 dias, de um acesso alternativo para pedestres que passam sobre a linha férrea na região que faz lig

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 12.09.2019, 19:03:00 Editado em 12.09.2019, 19:05:15
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O juiz da Vara da Fazenda Pública, Rogério Tragibo de Campos, determinou à prefeitura de Apucarana a elaboração de um projeto e construção, num prazo de 60 dias, de um acesso alternativo para pedestres que passam sobre a linha férrea na região que faz ligação entre a Vila Apucaraninha e Vila Regina. O assunto vem sendo discutido desde 2013, e de acordo com a Procuradoria do município, a ordem judicial deverá ser cumprida pela prefeitura.

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“Há alguns anos foi firmado um acordo com a ALL, antiga concessionária da ferrovia, para a construção de uma passarela no local, e a empresa chegou a disponibilizar 100 mil reais para a construção, porém, o custo estimado da obra era de 500 mil reais. O município estava tentando viabilizar um acordo para que a empresa arcasse com a metade das despesas para a construção, mas o juiz entendeu que a prefeitura é a responsável e deve arcar com o projeto e a construção. Vamos cumprir a decisão e correr para atender ao prazo determinado”, afirmou o Procurador do município Paulo Vital.

O secretário de Obras do Município Herivelto Moreno garante que cumprir a determinação judicial em 60 dias não será tarefa fácil. “Nossa maior dificuldade é encontrar um engenheiro habilitado para fazer um projeto como este dentro das normas necessárias. A concessionária da ferrovia indicou um profissional de São Paulo para o trabalho e vamos entrar em contato. Estamos correndo contra o tempo”, disse.
 
De acordo com Moreno, o acesso aos pedestres vai iniciar no nível da linha do trem e levar até o viaduto construído acima da linha. “Não se trata de uma passarela e sim, de uma rampa de acesso para os pedestres chegarem ao viaduto que sobrepõe a linha férrea”, explicou.

 Moradores da região, que passam diariamente pelo local comemoram a decisão da justiça. É o caso do balconista Mikael Henrique dos Santos, que já sofreu um acidente no local, ao atravessar a linha férrea. “Essa passagem para nós é um perigo. Eu já quebrei a perna aqui tentando atravessar enquanto o trem estava parado. Quando eu pulei o trem se mexeu e eu caí. Aqui passam crianças todo dia pra ir e voltar da escola. É muito ruim. Com uma passarela melhorava muito”, disse.

A estudante Eduarda Vermont também passa pelo local diariamente, e conta que muitas vezes, o trem parado na linha acaba atrasando quem precisa atravessar para chegar ao trabalho. “Muitas vezes precisei passar enquanto o trem estava parado. Atrasa a gente, sem contar que é perigoso, tem muitos acidentes aqui”, afirma.

A caseira Marinês Stigari mora próximo à travessia da linha férrea e acredita que a construção de um acesso para pedestres pode melhorar a vida de quem passa por ali diariamente. “Vai ficar mais fácil e mais seguro para atravessar. Minha vizinha já se acidentou aqui na linha e quebrou o joelho. Precisa mesmo de alguma coisa pra melhorar”, disse.

História antiga

A história da construção de uma alternativa para os pedestres na região da Vila Apucaraninha se arrasta desde 2013, quando o assunto começou a ser discutido pelo município e América Latina Logística (ALL), concessionária que administrava a ferrovia na época. Em 2014 foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), entre o Ministério Público, a ALL e a Prefeitura de Apucarana, definindo que município e concessionária deveriam custear a construção da passarela para pedestres. Um projeto executivo do Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento (Idepplan) chegou a ser entregue ao setor de Engenharia da ALL em Curitiba, porém, nunca saiu do papel.

Em abril deste ano, um rapaz de 29 anos morreu em acidente envolvendo trem no local onde a passarela deveria ser construída. Moradores chegaram a realizar um bloqueio da linha férrea em protesto na época.

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