Professores do campus Apucarana, da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), deflagraram greve, após assembleia realizada na quarta-feira (26). As aulas estão suspensas até a próxima terça-feira (02/07), quando será realizada outra assembleia para definir os rumos da paralisação.
A decisão da categoria pela greve foi votada em assembleia convocada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Superior Público Estadual de Londrina e Região (Sindiprol/Aduel) e a pauta principal é o reajuste salarial.
No site da instituição, há um comunicado sobre o funcionamento do setor administrativo que funcionará das 8h às 17h, não havendo expediente no período noturno.
Já os professores da Universidade Estadual de Londrina (UEL) decidiram adiar a greve que começaria quarta-feira, à espera de uma proposta de reposição salarial prometida por Ratinho Júnior (PSD) para a segunda-feira (1º).
O coordenador do Curso de Matemática, da Unespar Apucarana, Sérgio Dantas, lamenta a decisão dos docentes da UEL. Segundo ele, a categoria tem muitos motivos para deflagrar a greve.
"Por qual motivo considero a decisão da UEL lamentável? Por que o momento da luta é agora", afirma.
Dentre os argumentos favoráveis à greve, Dantas destaca que a categoria não tem reposição salarial há 4 anos.
"O governador Ratinho prometeu em campanha que negociaria com os servidores no primeiro semestre de seu mandato. Não fez. Prometeu apresentar uma proposta até o fim de abril de 2019. Não fez. Agora promete apresentar uma proposta até a próxima segunda-feira (1º/07) e não fará. Seu engodo é apenas para desmobilizar a greve dos servidores", afirma.
O professor também considera o contingenciamento de recursos das universidades estaduais como um desrespeito. Na Unespar Apucarana, por exemplo, o corte de verbas obrigou a direção a cortar o subsídio que beneficiava os estudantes no valor da refeição do Restaurante Universitário. Com isso, o valor do prato subiu de R$ 5 para R$ 8,15 (63%). Antes do corte, o RU servia 350 refeições por dia e agora serve pouco mais de 100.
"Se o governador estivesse disposto a negociar fora de uma greve ele sentaria à mesa para negociar com os reitores a imediata liberação dos recursos das mesmas aprovados na Lei Orçamentaria (LOA)", reitera.
Assim como na Unespar Apucarana, professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Universidade Estadual de Maringá (UEM) e da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) também aderiram à paralisação.
O Governo do Estado se comprometeu, na última segunda-feira (24), a apresentar a proposta de reposição da data-base dos funcionários públicos em até cinco dias.
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