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UTFPR conquista mais uma patente

A Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), campus de Apucarana, desenvolveu uma argamassa a partir do reaproveitamento de resíduos de vidro. O novo produto reduz o uso de cimento e, consequentemente, o impacto causado pela emissão de CO2 na atm

Da Redação

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Professores Murilo Moisés e Ronie Galeano (Foto: TN Online)
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Professores Murilo Moisés e Ronie Galeano (Foto: TN Online)
Escrito por Da Redação
Publicado em 12.05.2019, 11:28:00 Editado em 13.05.2019, 11:34:55
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A Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), campus de Apucarana, desenvolveu uma argamassa a partir do reaproveitamento de resíduos de vidro. O novo produto reduz o uso de cimento e, consequentemente, o impacto causado pela emissão de CO2 na atmosfera. O projeto foi desenvolvido no mestrado do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental (PPGEA), multicampi em Apucarana e Londrina e já está disponível no mercado para comercialização. Essa é a nona patente registrada pelo campus e é fruto do programa de inovação aberta desenvolvido pela universidade.

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Com a pesquisa, foi possível reduzir em até 20% o uso de cimento na fabricação da argamassa, aumentando o custo-benefício do produto. Outra grande vantagem dessa composição está no impacto reduzido de emissão de CO2 pelas fábricas de cimento. Isso ocorre porque as empresas utilizam uma quantidade significativa de clinquer, uma mistura com grande concentração de calcário em sua produção que, ao ser aquecida, transforma parte do composto em CO².  

De acordo com o professor doutor Murilo Moisés, a pesquisa começou após uma empresa procurar a universidade para solucionar problemas no gerenciamento de resíduos de vidro. Um aluno de mestrado foi convidado para executar o projeto. “Fizemos uma revisão de patentes e artigos científicos a fim de encontrar o caminho para reinserir o resíduo no mercado e agregar valor a ele”, conta o professor.

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Ano passado, o estudo obteve o primeiro registro de patente de invenção junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e já está disponível no mercado para comercialização. 

"Esse projeto de pesquisa aplicada reúne os conceitos do desenvolvimento sustentável, ou seja, pode contribuir econômica e ambientalmente, pois agrega valor a um resíduo industrial, dá um destino nobre a ele e ainda colabora com a diminuição das emissões de CO². Em resumo, simples, direto e realista", diz o professor doutor Alessandro Bail, que também faz parte do desenvolvimento do projeto.

PATENTE

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A patente é a nona desenvolvida no campus, que está em processo de ampliação da pesquisa em inovação. Atualmente quatro empresas de Apucarana, parceiras da UTFPR, estão investindo em projetos que são desenvolvidos pela universidade na busca soluções sustentáveis para suprir as demandas. O modelo, que já funciona na Europa, proporciona ganhos tanto para as empresas quanto para a própria universidade, como explica o professor doutor Ronie Galeano, diretor de Relações Empresariais e Comunitárias do campus, um dos coordenadores dos pedidos de patente.

“Isto faz com que as empresas, ao invés de gastarem grandes quantias de dinheiro na construção de um laboratório próprio, utilizem a estrutura já montada da UTFPR, reduzindo custos e realocando investimentos. Além disso a instituição de ensino pode desenvolver uma tecnologia para essa empresa”, destaca. 

O grupo desenvolve pesquisas para empresas nas áreas da engenharia têxtil, sucroenergética e de resíduos industriais. “Não damos tanto foco às pesquisas clássicas como artigos científicos. O foco do grupo é atuar bem próximo da empresa, pegar as demandas, dificuldades e levar essas necessidades para dentro da universidade para que os alunos de graduação e pós-graduação e professores orientadores criem caminhos para a solução”, explica. 

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Para Galeano a inovação aberta é uma tendência de nível mundial. “Essa diretoria inovação é um exemplo de que a universidade não precisa depender 100% de recursos do governo”, observa. 

Até o momento, grupo de pesquisa já atraiu R$ 500 mil em investimentos para a universidade, sendo 70% das empresas que financiam projetos de inovação e 30% de órgãos de fomento, como Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fundação Araucária. 
“O professor não recebe dinheiro das empresas. A universidade recebe equipamentos para os laboratórios e bolsas para o desenvolvimento das pesquisas”, sublinha Galeano.

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