Após muitos entraves, o projeto para regularizar a numeração predial na área urbana de Apucarana finalmente sairá do papel. O superintendente do Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento (Idepplan), Carlos Mendes confirmou que a correção começará no início de maio e pode demorar até dois anos para ser concluída.
A desordem na numeração se arrasta há décadas e afetou, sobretudo, os serviços prestados pelos Correios. Em 2016, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi firmado entre o Ministério Público Federal (MPF), a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ETC) e a Prefeitura Municipal, para encontrar a solução do problema. De lá para cá, muitos prazos foram estabelecidos para que o município desenvolvesse um plano de trabalho para organizar a numeração.
“Muitos moradores entraram na Justiça contra os Correios e por conta disso foi feito esse trabalho de correção. Assim os moradores terão mais agilidade na entrega, mais clareza e mais lógica. A cidade ficará mais organizada”, analisa Carlos Mendes.
Além de numeração fora de sequência, muitas ruas da cidade tem mais de um imóvel com o mesmo numeral. Em 2017, a prefeitura identificou mais de 13 mil imóveis com numeração irregular. De acordo com Mendes, ano passado foi solicitada ajuda ao 30º Batalhão de Infantaria Mecanizada (BIMec) para executar os trabalhos, devido ao grande número de imóveis.“Contudo, houve a mudança de comando do batalhão e, em fevereiro deste ano, recebemos a resposta de que não seria possível. O prefeito Junior da Femac, designou então uma equipe para realizar o trabalho”, explica.
Segundo o superintendente, a prefeitura fornecerá placas com a nova numeração apenas para imóveis antigos. Placas para imóveis novos ficam a cargo dos proprietários.
ÁREA CRÍTICA
A região do Jardim Ponta Grossa será a primeira a ser regularizada, segundo o Idepplan, pois concentra o maior número de imóveis com problemas. O morador Valdecir Marques de Oliveira, 38 anos, recebeu a notícia com alegria, pois já passou por muitos transtornos. Ele mora na Rua Castro Alves, e conta que existe outra casa com a mesma numeração que a sua, na mesma rua, mas na região do Jardim América.
“Faz tempo que existe esse problema, mas até agora continua a mesma coisa. Isso dificulta para as transportadoras que fazem entrega, para os Correios. Os funcionários quando passam pela rua, sempre pedem informação porque a numeração é toda bagunçada. Eu mesmo já recebi muitas correspondências erradas”, comenta.Oliveira espera que a prefeitura inicie os trabalhos o quanto antes para acabar de uma vez com os transtornos.
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